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CPI investiga delegado do caso
DA REPORTAGEM LOCAL
A investigação da Delegacia
Seccional Leste sobre esquema de
fraude na área imobiliária foi divulgada uma semana depois que
dois delegados da mesma unidade foram ouvidos na CPI da Pirataria da Câmara -um como testemunha e outro, que chegou a
ser internado no hospital e faltou
ao segundo depoimento, como
suspeito de envolvimento com o
contrabandista de cigarros Roberto Eleutério da Silva, o Lobão.
Os delegados Aldo Galiano Júnior, titular da Seccional, e Ettore
Capalbo Sobrinho, chefe do SIG
(Setor de Investigações Gerais),
negam que a divulgação seja uma
forma de desviar a atenção da
CPI, e sim uma maneira de garantir que a investigação prossiga.
Capalbo Sobrinho, investigado
pela CPI, e Galiano Júnior, que
testemunhou em favor de seu colega, afirmam que houve uma
campanha para desacreditar a
Delegacia Seccional e evitar que a
investigação, iniciada há dez meses, fosse concluída.
Capalbo Sobrinho foi apontado
por dois investigadores e um delegado, que já tiveram prisão decretada, como a pessoa que teria dado uma ordem, por telefone, para
liberar uma carga de Lobão que
fora apreendida. Capalbo Sobrinho nega ter dado a ordem.
Na sexta-feira passada, quando
ia ser ouvido pela segunda vez pela CPI, o delegado foi internado
no hospital. Um laudo apontou
quadro de hipertensão. Saiu do
hospital no sábado. Ontem, estava na entrevista coletiva para falar
sobre a investigação da Seccional,
na qual ele foi um dos 16 delegados envolvidos. "Eu comecei a investigação e preciso ajudar os
meus colegas", afirmou.
O presidente da CPI, Luiz Antonio de Medeiros (PL-SP), disse
que os delegados estão usando a
investigação como uma "desculpa". "Todos têm uma desculpa. É
bom para a sociedade que ele [Capalbo Sobrinho] mostre serviço,
mas isso não anula a investigação
da CPI, da Promotoria e da Justiça
da qual ele é suspeito", afirmou.
Medeiros disse que Capalbo Sobrinho será convocado novamente pela CPI.
(GP)
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