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São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2003

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CPI investiga delegado do caso

DA REPORTAGEM LOCAL

A investigação da Delegacia Seccional Leste sobre esquema de fraude na área imobiliária foi divulgada uma semana depois que dois delegados da mesma unidade foram ouvidos na CPI da Pirataria da Câmara -um como testemunha e outro, que chegou a ser internado no hospital e faltou ao segundo depoimento, como suspeito de envolvimento com o contrabandista de cigarros Roberto Eleutério da Silva, o Lobão.
Os delegados Aldo Galiano Júnior, titular da Seccional, e Ettore Capalbo Sobrinho, chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais), negam que a divulgação seja uma forma de desviar a atenção da CPI, e sim uma maneira de garantir que a investigação prossiga.
Capalbo Sobrinho, investigado pela CPI, e Galiano Júnior, que testemunhou em favor de seu colega, afirmam que houve uma campanha para desacreditar a Delegacia Seccional e evitar que a investigação, iniciada há dez meses, fosse concluída.
Capalbo Sobrinho foi apontado por dois investigadores e um delegado, que já tiveram prisão decretada, como a pessoa que teria dado uma ordem, por telefone, para liberar uma carga de Lobão que fora apreendida. Capalbo Sobrinho nega ter dado a ordem.
Na sexta-feira passada, quando ia ser ouvido pela segunda vez pela CPI, o delegado foi internado no hospital. Um laudo apontou quadro de hipertensão. Saiu do hospital no sábado. Ontem, estava na entrevista coletiva para falar sobre a investigação da Seccional, na qual ele foi um dos 16 delegados envolvidos. "Eu comecei a investigação e preciso ajudar os meus colegas", afirmou.
O presidente da CPI, Luiz Antonio de Medeiros (PL-SP), disse que os delegados estão usando a investigação como uma "desculpa". "Todos têm uma desculpa. É bom para a sociedade que ele [Capalbo Sobrinho] mostre serviço, mas isso não anula a investigação da CPI, da Promotoria e da Justiça da qual ele é suspeito", afirmou. Medeiros disse que Capalbo Sobrinho será convocado novamente pela CPI. (GP)


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