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Kassab prioriza corredor menos polêmico
Prefeitura vai construir pistas de ônibus na Berrini e na Celso Garcia e deixar em 2º plano as que enfrentam resistência de moradores
Gestão diz que não há
"qualquer definição" sobre a
implantação das pistas nas
avenidas Brás Leme e
Sumaré/Brasil/Indianópolis
DA REPORTAGEM LOCAL
A gestão Gilberto Kassab
(DEM) decidiu priorizar a
construção dos corredores de
ônibus Berrini, na zona sul, e
São Miguel/Celso Garcia, na
zona leste, e deixar em segundo
plano outros que viraram alvo
de resistência de moradores
desde que foram lançados.
A Prefeitura de São Paulo
disponibilizou ontem na internet (www.sptrans.com.br)
termos de referência com detalhes para implantar essas duas
novas pistas exclusivas de coletivos, de 3 km e 25 km, respectivamente. Eles serão discutidos em audiência pública no
mês que vem, junto com uma
nova etapa do Expresso Tiradentes (ex-Fura-Fila), para que
possam sair do papel em 2008.
Já a proposta de construir
outros três corredores que
atravessam bairros nobres da
capital paulista, conforme foi
divulgado há um mês pelo secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, foi deixada
temporariamente de canto. A
tendência, segundo técnicos
municipais, é que eles não sejam adotados na atual gestão.
Entre essas pistas que não
são mais prioritárias estão a da
Brás Leme, na zona norte, e a
das avenidas Sumaré/Brasil/
Indianópolis, na zona oeste.
Ambas viraram motivo de críticas e protestos de moradores
vizinhos nas últimas semanas.
A gestão Kassab diz que eles
"estão em fase de discussão e
estudos de viabilidade, não havendo qualquer definição em
relação à sua implantação".
O terceiro corredor deixado
em segundo plano envolve a
avenidas Corifeu de Azevedo
Marques, Jaguaré e Brigadeiro
Faria Lima.
O secretário Moraes foi procurado no começo da tarde de
ontem, mas não deu entrevista.
Desapropriações
O corredor das avenidas Engenheiro Luiz Carlos Berrini e
Chucri Zaidan ligará a região do
MorumbiShopping até a rua
Gomes de Carvalho, na Vila
Olímpia, onde está prevista a
implantação de um terminal de
ônibus. A demanda estimada é
de 150 mil passageiros/dia.
O termo de referência divulgado ontem não cita a possibilidade de serem feitas desapropriações no entorno, algo que
está programado no outro corredor prioritário, que passa pelas avenidas Marechal Tito, São
Miguel, Celso Garcia e Rangel
Pestana e rua do Gasômetro.
A demanda estimada dessa
faixa exclusiva da zona leste em
direção ao centro paulistano é
de 30 mil usuários nas horas de
pico. Estão previstas intervenções viárias como obras de alargamento na Celso Garcia.
O transporte coletivo em São
Paulo teve rejeição de 51% dos
moradores em pesquisa Datafolha realizada no mês passado,
pior patamar desde 2000.
O investimento em corredores de ônibus foi uma das bandeiras políticas da gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
Esse tipo de obra costuma ter
a aprovação de especialistas devido à prioridade ao transporte
coletivo. Mas pode haver resistência de motoristas por causa
da redução de espaço dos carros, além de ser uma intervenção de interesse direto das viações.
(ALENCAR IZIDORO)
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