São Paulo, domingo, 27 de setembro de 2009

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Tranquilidade termina após início da obra

DA REDAÇÃO

"As cobras foram as primeiras a desaparecer", diz Maria Tereza Nissimura, 47, proprietária do sítio Tadao, em Parelheiros (zona sul de SP), ao comentar as mudanças que aconteceram em sua vida após o início das obras do Rodoanel, em 2007, que consumiram quase metade de sua propriedade.
Acostumada desde 1992 ao barulho dos cães, dos sabiás, da arara, dos saguis e dos esquilos que vivem livres no sítio, hoje ela está a poucos metros da pista. Por causa do ruído das máquinas, diz não conseguir dormir.
Seu relato é todo documentado com fotos que mostram diversos momentos da obra, e os consequentes transtornos originados a sua rotina. Ela mostra também três boletins de ocorrência registrados no 25º DP de Parelheiros. Um deles descreve um assalto sofrido, segundo ela, por causa do Rodoanel.
"Quando eu ia sair para alimentar os saguis, dois ladrões encapuzados entraram em casa e me amarraram pedindo o dinheiro da indenização. Fugiram de moto, e a polícia não conseguiu chegar por causa das obras, que duram até a noite. A casa vibra, tem rachaduras. O celular só funciona se eu subir no Rodoanel. Imagine quando começar o tráfego? Quero me mudar daqui."


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