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Policial é formado para a coletividade, diz comandante
DA REPORTAGEM LOCAL
O comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, afirmou que o bico é antiético e os
policiais, ao entrar na instituição, sabem do salário e das
condições de trabalho. "Aqui
ninguém é enganado", disse.
Segundo ele, as pessoas que
fazem concurso para ingressar
na corporação declararam salário anterior inferior ao oferecido ao policial militar em início de carreira. "É lógico que,
filosoficamente, eu gostaria
que o policial recebesse mais.
Mas o Estado faz o seu limite."
Borges é contrário à regularização do bico, mesmo que controlado pelo Estado. "O problema é a dupla jornada. Um policial extenuado vai atender mal
a população", disse o coronel.
Segundo ele, dos 295 demitidos
ou expulsos da PM em 2005,
menos de 10% foram punidos
dessa forma por causa do bico.
Entre os demitidos estão 20
PMs que faziam a segurança de
Roberto Eleutério da Silva, o
Lobão, considerado o maior
contrabandista de cigarros do
país pela Polícia Federal.
"Não dá para comparar a situação de quem faz bico em um
condomínio com a situação de
quem faz segurança para o
maior contrabandista do país",
afirmou. Para ele, além de ilegal, o bico é antiético. "O Estado forma uma policial para ele
atuar para a coletividade."
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