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POLÊMICA
Cabral nega ter dado data para fim do tráfico de drogas
DA SUCURSAL DO RIO
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), distribuiu ontem, por meio de sua
assessoria, nota em que informa que não mensurou o
tempo que o Estado levará
para pôr fim ao tráfico em favelas do Rio de Janeiro. A nota faz referência a trecho de
entrevista publicada ontem
pela Folha.
"Em nenhum momento o
governador fixou prazo para
acabar com o tráfico nas comunidades, embora tenha fixado que será um combate
duro e permanente. Segue a
íntegra da declaração do governador: "Não é uma briga
fácil, não é uma briga em que
a tensão e o estresse tenham
tempo certo de terminar...
que você diga: olha, imprensa, compreenda: daqui a três
meses, daqui a quatro meses,
tá tudo... não, não é assim. É
uma guerra, não tem como
mensurar... É uma guerra". O
único prazo tratado foi para
o início das obras do PAC no
Complexo do Alemão: "Possivelmente, em fevereiro'",
diz a nota distribuiída.
Na entrevista à Folha, antes do trecho reproduzido
pela assessoria, o governador afirmou que não tinha a
menor dúvida de que teria de
"extirpar" o tráfico de drogas
no Complexo do Alemão para implantar o PAC. Na sequência à pergunta se tinha
como implantar as obras do
PAC com as favelas dominadas pelo tráfico, o governador respondeu que "não tem,
de jeito nenhum". E em seguida disse que o PAC começará provavelmente em fevereiro.
No dia da entrevista, o governador já havia reclamado
da manchete de quarta-feira
da Folha -"Para Cabral, fertilidade faz de favela "fábrica
de marginais'"- por considerá-la errada. "Não é a favela que é uma fábrica de produção de marginal, mas o fato do Estado não oferecer às
mulheres pobres a chance de
suspender a gravidez."
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