|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Antonio Gouvea Mendonça
WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Não havia contradição em
ser pastor e pesquisador do
protestantismo e defender o
ecumenismo na visão do
professor Antonio Gouvea
Mendonça. Apesar dos atritos com a Igreja, ele estudou
o neopentecostalismo, a teologia da libertação e escreveu
livros críticos, que são referência até hoje.
Mendonça tornou-se conhecido por seus estudos em
sociologia do protestantismo
e história social no fim dos
anos 1970, quando ajudou a
criar a pós-graduação em
ciências da religião da Universidade Metodista de São
Paulo. Lá, lecionou por mais
de 20 anos e tornou-se professor emérito. Dos seus três
livros, "O celeste Porvir: a Inserção do Protestantismo no
Brasil" era o mais conhecido
e teve duas edições esgotadas
em português.
Ele nasceu em uma família
de pastores -convertidos do
catolicismo no século 19, os
Gouvea ajudaram a fundar a
terceira Igreja Presbiteriana
do Brasil. E passou a infância
em Arealva, interior de São
Paulo, até que uma tia o trouxe para estudar na Capital.
Até os 45 anos foi gerente
de seguradora, quando tornou-se pastor e passou a estudar a história do protestantismo no Brasil. Para os colegas, sua morte deixará
um vazio no estudo crítico
sobre a religião protestante o
ecumenismo. Ele morreu no
último sábado, aos 85 anos,
de câncer.
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Briga de gangue: Mais três punks presos por agressão Índice
|