São Paulo, sábado, 27 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Antonio Gouvea Mendonça

WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não havia contradição em ser pastor e pesquisador do protestantismo e defender o ecumenismo na visão do professor Antonio Gouvea Mendonça. Apesar dos atritos com a Igreja, ele estudou o neopentecostalismo, a teologia da libertação e escreveu livros críticos, que são referência até hoje.
Mendonça tornou-se conhecido por seus estudos em sociologia do protestantismo e história social no fim dos anos 1970, quando ajudou a criar a pós-graduação em ciências da religião da Universidade Metodista de São Paulo. Lá, lecionou por mais de 20 anos e tornou-se professor emérito. Dos seus três livros, "O celeste Porvir: a Inserção do Protestantismo no Brasil" era o mais conhecido e teve duas edições esgotadas em português.
Ele nasceu em uma família de pastores -convertidos do catolicismo no século 19, os Gouvea ajudaram a fundar a terceira Igreja Presbiteriana do Brasil. E passou a infância em Arealva, interior de São Paulo, até que uma tia o trouxe para estudar na Capital.
Até os 45 anos foi gerente de seguradora, quando tornou-se pastor e passou a estudar a história do protestantismo no Brasil. Para os colegas, sua morte deixará um vazio no estudo crítico sobre a religião protestante o ecumenismo. Ele morreu no último sábado, aos 85 anos, de câncer.


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Briga de gangue: Mais três punks presos por agressão
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.