DO "AGORA"

O estudante Gustavo de Macedo Pereira Napolitano foi transferido na tarde de ontem para o 8º DP (Brás), no centro da capital, um distrito com capacidade para 30 presos, mas que abriga 110.
Segundo o delegado Frederico Prouse, o estudante, que é acusado de, sob efeito de cocaína, matar a avó, a advogada Vera Kuhn de Macedo Pereira, 73, e a empregada Cleide Ferreira da Silva, 20, não corre risco de ser agredido pelos demais presos.
Isso porque a carceragem do 8º DP só abriga ex-policiais e criminosos jurados de morte dentro do sistema carcerário. No caso de Napolitano, o fato de ele ser neto de um delegado e sobrinho de um médico legista do IML (Instituto Médico Legal) colaborou para sua transferência ao distrito.
"Ele parece estar meio zonzo. Dá impressão que ainda não se livrou do efeito da droga", disse o delegado Prouse. O acusado deve ficar no 8º DP até seu julgamento.
A casa de Napolitano, no Planalto Paulista, bairro de classe média alta da zona sul de São Paulo, amanheceu pichada ontem. Além de palavrões, foram escritas frases como "Droga mata. Até avó" e "Não adianta chorar. A cadeia é o seu lugar".


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