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Kassab quer ampliar prêmio de professor que faltar pouco
Projeto de reestruturação da carreira, que irá à Câmara, triplica valor de gratificações
Pagamento de benefício levará em conta total de faltas, tempo de atuação do docente na escola e indicadores de qualidade
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
A gestão do prefeito de São
Paulo, Gilberto Kassab (DEM),
finalizou um projeto no qual
haverá aumento da gratificação
em dinheiro aos professores e
funcionários que faltarem menos e não mudarem de escola.
A proposta está presente no
plano de reestruturação da carreira dos servidores da Educação que a prefeitura deve enviar hoje à Câmara.
A rotatividade e o número de
faltas dos servidores são apontados pelo governo como alguns dos principais problemas
da educação do município -a
média dos estudantes de 4ª série da cidade é inferior à média
nacional das demais redes municipais na Prova Brasil.
Somente de janeiro a agosto
deste ano, os professores tiveram 97,4 mil faltas abonadas
(sem perda de salário). A rede
possui 50 mil docentes (média
de duas ausências por educador
no período). Houve ainda outras 11,9 mil faltas, que acarretaram perda de vencimento.
Serão considerados no Sistema de Avaliação Institucional o
número de faltas dos profissionais, o tempo que eles estão lotados na escola e índices de
qualidade da unidade (como repetência e evasão dos alunos).
Mas ainda não está definido como será feito o cálculo desse
benefício.
O valor máximo a ser pago
neste ano com a gratificação
deverá ser de R$ 2.400 (quantia
anual). A intenção da pasta é
até triplicar o valor aos que tiverem os melhores índices.
Desde a criação da gratificação, diversos critérios foram
utilizados para a definição do
valor a cada funcionário. Em
um dos anos, todos ganharam o
teto. "Com a lei, queremos tornar os critérios fixos e intensificar a avaliação, ampliando os
indicadores considerados", disse o secretário de Educação,
Alexandre Schneider. "Com isso, esperamos melhorar a qualidade de ensino na rede."
O piso salarial dos professores municipais é de R$ 950, por
20 horas semanais.
Se a reestruturação for aprovada pela Câmara, o projeto
passará a vigorar no ano que
vem, quando haverá eleições
municipais -Kassab pode tentar a reeleição. Até a conclusão
desta edição, o governo não havia divulgado o impacto financeiro das propostas.
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