|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Universidades da Suécia tentam atrair alunos brasileiros
Estudantes de mestrado e doutorado são os principais
alvos das instituições, que divulgarão cursos no Brasil
Escolas temem perder
alunos estrangeiros
por cobrança de taxas,
antes inexistentes, em
cursos de mestrado
FÁBIO TAKAHASHI
ENVIADO ESPECIAL À SUÉCIA
De um lado, cursos de boa
qualidade (em inglês), povo
amigável e um novo programa de bolsas de estudo. Do
outro, novas taxas, alto custo
de vida e inverno rigoroso.
Em meio a vantagens e
desvantagens, a Suécia busca atrair brasileiros para suas
universidades, especialmente em mestrado e doutorado.
Até este ano, o Brasil não
figurou entre os países com
grande envio de estudantes à
Suécia. Foram apenas 144 do
total de 36 mil ano passado.
As instituições do país escandinavo, porém, pretendem aumentar esse número.
Duas universidades (Lund e
Chalmers) já decidiram que
virão mostrar seus cursos em
feiras para estudantes em
2011. Outras devem segui-las.
Um dos motivos para o
maior interesse no país é o
início da cobrança de taxas
para estrangeiros em mestrados a partir do ano que vem.
Até então, eram gratuitos.
As escolas temem queda
no fluxo de alunos de tradicionais "exportadores", como China. Com a melhora da
economia, o Brasil é opção.
As universidades do país
escandinavo buscam estrangeiros porque, como sua população é pequena, elas precisam de pesquisadores de
outros locais. E quanto maior
o corpo discente, mais recebem recursos do governo.
Em parte das escolas, a seleção de alunos começa em
1º de dezembro, mesmo período da divulgação de critérios para bolsas. Em média,
os mestrados ficarão por volta dos 15 mil euros anuais
(cerca de R$ 35 mil). Há 600
cursos em inglês. Os doutorados continuam gratuitos.
"Com a taxa, será um desafio atrair estrangeiros, ainda
que os valores sejam compatíveis com outras escolas de
ponta", disse à Folha o vice-presidente da Universidade
Chalmers, Stefan Bengtsson.
As bolsas, afirma, podem
compensar a medida, imposta por lei deste ano. Mas se o
mestrado vai ser pago, qual a
vantagem da Suécia? Para
Bengtsson, "pela sociedade
tranquila e a relação próxima
entre alunos e docentes".
Doutoranda na Universidade Uppsala, a brasileira Janaina Gonçalves, 26, diz que
"quase todos falam inglês e
são amigáveis, mas quando
estão juntos falam em sueco,
dificultando a socialização. E
o inverno é pesado". Nessa
época em Estocolmo, a média é de três graus negativos.
Outra reclamação é o custo
de vida. Estimativa da Universidade Uppsala é de gasto
mensal de 730 euros (R$
1.500), incluindo acomodação, comida, roupa e lazer.
O jornalista FÁBIO TAKAHASHI viajou a
convite do governo sueco e da
Universidade Uppsala
Texto Anterior: Situação não prejudica a escola, afirma a Secretaria da Educação Próximo Texto: Foco: Adolescente contabiliza 5.000 árvores plantadas em Minas Índice | Comunicar Erros
|