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CSA recorre à Justiça para garantir áreas ao redor de empreendimento
DO RIO
Proprietária de terras no
município de Itaguaí, vizinho ao Rio, a família de
Eduardo Rocha tornou-se ré
em uma ação judicial movida
pela CSA após recusar a oferta de indenização pela passagem de uma linha de transmissão que ligará a siderúrgica ao Sistema Interligado Nacional. Segundo Rocha, a
empresa ofereceu R$ 2 por
metro quadrado de terreno.
"Nós não somos contra o
projeto, mas queremos um
preço justo. A linha passa
bem no meio dos nossos lotes, a área fica improdutiva.
Ninguém mais vai querer
comprar nossas terras", diz
ele, que disse ter tomado conhecimento de terrenos na
mesma rua vendidos por cerca de R$ 20 o metro quadrado. "A localização é estratégica, perto do Arco Metropolitano e de áreas comerciais."
O caso do produtor rural
não é único. A Folha encontrou mais 18 ações semelhantes em andamento em Itaguaí e Seropédica. Um desses
proprietários, que pediu para
não ser identificado, disse ter
recebido a mesma oferta de
R$ 2 por metro quadrado.
Com a resistência às ofertas, a CSA recorreu à Justiça a
fim de garantir o acesso aos
imóveis e viabilizar a construção da linha. Isso foi possível porque a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) concedeu uma declaração de utilidade pública para
o empreendimento.
A empresa disse ainda
que, de um total de quase
cem proprietários e posseiros
afetados pela construção da
linha, cerca de 20% não aceitaram os valores oferecidos a
título de indenização.
"Em todos os casos foram
utilizados os mesmos critérios técnicos de avaliação
dos imóveis e benfeitorias
afetadas", afirmou. "Em alguns dos processos cujos méritos já foram apreciados pelo Poder Judiciário, os valores oferecidos pela CSA foram inclusive confirmados
pelos peritos judiciais", diz.
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