São Paulo, sexta-feira, 27 de dezembro de 2002

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EDUCAÇÃO

Futuro ministro visitou entidade de professores das universidades federais

Sindicato deve adotar trégua em greves

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ensaiando uma trégua nas greves das universidades federais, como a de cerca de cem dias no ano passado, o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) pôs de lado reivindicações salariais e propostas polêmicas -como o fim do provão- para receber um de seus mais notórios filiados, Cristovam Buarque (PT-DF), futuro ministro da Educação.
Buarque foi à sede do sindicato em Brasília ontem, gesto que serviu para desfazer o mal-estar da proposta lançada antes da indicação de seu nome: desvinculação do ensino superior de sua pasta. "Não podemos deixar que a ênfase no ensino básico afogue as universidades. Por isso tive a idéia de um ministério só para o ensino superior", disse o futuro ministro.
O presidente do sindicato, Luiz Carlos Gonçalves Lucas, professor da Universidade Federal de Pelotas (RS) e filiado ao PT, recebeu Buarque com um abraço depois de dizer que o sindicato manterá a autonomia e lembrar que foi umas das poucas entidades ligadas à CUT que não apoiou a campanha de Lula. "Esse governo está herdando um problema muito sério. É preciso dar um tempo para avaliar as respostas às nossas propostas", afirmou.
Cristovam Buarque garantiu o diálogo, mas disse que "não irá jogar "a culpa no ministro da Fazenda quando não for possível atender à reivindicação".


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