SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA

O delegado da Polícia Civil Juliano Brasil Ferreira, que presidiu o inquérito sobre o caso, disse que não podia comentar as declarações do piloto aposentado Frederic Louderback porque o processo está sob segredo de justiça.
“O que eu tinha que dizer, foi dito no inquérito policial. Este inquérito já virou processo no Judiciário e está sob sigilo de justiça. Eu não posso me manifestar”, disse Ferreira, que atua no Deic (Departamento de Investigações Criminais), em Porto Alegre (RS).
Sobre a afirmação de Louderback de que a polícia coagiu as supostas vítimas para incriminá-lo, o delegado Juliano Ferreira já havia dito, em fevereiro de 2008, que os pais dos garotos tentavam “virar o jogo porque idolatram o Fritz [apelido de Louderback] e temem perder o auxílio que recebem”.
Por meio de nota, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul disse que os processos estão sendo conduzidos “de forma imparcial pelos magistrados, que analisam o que consta nos autos” e com a “mais ampla defesa por parte dos acusados”.
Segundo a nota, os autos também contêm informações dos advogados dos réus, tanto é que foram concedidos habeas corpus aos acusados.
De acordo com a nota, as partes podem propor a exceção de suspeição ou o impedimento de juízes sempre que entenderem que não houve parcialidade nos julgamentos ou na instrução dos processos. O que não ocorreu até agora, segundo o TJ-RS.
A promotora de Justiça de Taquara, Natália Cagliari, disse, por meio da assessoria de imprensa do Ministério Publico, que também não pode se manifestar porque o processo está sob segredo de justiça. Ela afirmou apenas que o Ministério Público do Estado trabalha com as informações que estão nos autos e denuncia sempre que há elementos para isso.
A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, a qual está subordinada a representação do FBI no país, informou que prefere não comentar as afirmações.


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