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TRANSPORTE
Diretor operacional da empresa diz que comunicação por rádio entre perueiros clandestinos dificulta fiscalização
Sem bases, apreensão sobe 50%, diz SPTrans
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o sistema de comunicação
dos perueiros clandestinos não
funcionasse na cidade, a SPTrans
poderia apreender um número
50% maior de peruas por dia.
Hoje, são apreendidas de 25 a 30
peruas diariamente. Sem as bases
de comunicação, o número ultrapassaria 50 apreensões diárias.
O "diagnóstico" é do diretor
operacional da SPTrans, Maurício Thesin. "A grande maioria dos
perueiros tem rádio. Quando detectam a fiscalização, eles deixam
o local ou se reúnem em um grande grupo para agredir os fiscais."
Os coordenadores das equipes
de fiscalização têm rádio para interceptar conversas. Mas Thesin
diz que o trabalho é difícil. "São
muitas torres e há muitas linhas
na cidade. O grande problema é
que não cabe a nós monitorar o
sistema dos clandestinos. É um
trabalho da polícia e da Anatel."
Todas as 11 peruas "resgatadas"
este ano -pegas por clandestinos
das mãos dos fiscais- tiveram o
apoio de bases de comunicação.
Com medo da violência, fiscais
continuam contando com o apoio
do CPTran (Comando do Policiamento de Trânsito) e da Guarda
Civil. Mas o policiamento prometido pelo Estado ainda não está
apoiando as ações. Anteontem, só
17 peruas foram apreendidas.
A abrangência das ações está
menor, diz Thesin. "Pode ser menos eficaz, mas temos de garantir
um mínimo de segurança aos
funcionários." O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que
só haverá apoio extra à fiscalização quando houver ações estratégicas, como bloqueios.
(PC)
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