São Paulo, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2002

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TRANSPORTE

Diretor operacional da empresa diz que comunicação por rádio entre perueiros clandestinos dificulta fiscalização

Sem bases, apreensão sobe 50%, diz SPTrans

DA REPORTAGEM LOCAL

Se o sistema de comunicação dos perueiros clandestinos não funcionasse na cidade, a SPTrans poderia apreender um número 50% maior de peruas por dia.
Hoje, são apreendidas de 25 a 30 peruas diariamente. Sem as bases de comunicação, o número ultrapassaria 50 apreensões diárias.
O "diagnóstico" é do diretor operacional da SPTrans, Maurício Thesin. "A grande maioria dos perueiros tem rádio. Quando detectam a fiscalização, eles deixam o local ou se reúnem em um grande grupo para agredir os fiscais."
Os coordenadores das equipes de fiscalização têm rádio para interceptar conversas. Mas Thesin diz que o trabalho é difícil. "São muitas torres e há muitas linhas na cidade. O grande problema é que não cabe a nós monitorar o sistema dos clandestinos. É um trabalho da polícia e da Anatel."
Todas as 11 peruas "resgatadas" este ano -pegas por clandestinos das mãos dos fiscais- tiveram o apoio de bases de comunicação.
Com medo da violência, fiscais continuam contando com o apoio do CPTran (Comando do Policiamento de Trânsito) e da Guarda Civil. Mas o policiamento prometido pelo Estado ainda não está apoiando as ações. Anteontem, só 17 peruas foram apreendidas.
A abrangência das ações está menor, diz Thesin. "Pode ser menos eficaz, mas temos de garantir um mínimo de segurança aos funcionários." O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que só haverá apoio extra à fiscalização quando houver ações estratégicas, como bloqueios. (PC)


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