São Paulo, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2002

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Foz do Iguaçu testa larvicida biológico cubano

DA AGÊNCIA FOLHA

Proprietários e moradores de 20 imóveis de Foz do Iguaçu (PR) estão recebendo um lote de um inseticida biológico desenvolvido em Cuba, apresentado como capaz de matar as larvas do mosquito transmissor da dengue sem deixar resíduos ambientais. Os testes começaram ontem e estão concentrados num bairro onde há foco de larvas.
O produto foi apresentado em encontro da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, que termina hoje em Foz. A prefeitura local autorizou os testes. "Não podemos expandir para toda a cidade porque não temos autorização da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), a não ser para projeto piloto", informou o veterinário André de Souza Leandro, responsável pelo combate à dengue no município.
Segundo o biólogo cubano Juan Carlo Vega Sierra, a fórmula é líquida, preparada a partir de uma bactéria. Sierra disse que há um similar no mercado brasileiro, mas na forma granulada.
"A forma líquida não deixa resíduos e não apresenta efeitos colaterais", afirmou. Outra qualidade seria a permanência do inseticida no ambiente durante 60 dias.
O produto tem registro no Ministério da Saúde, mas ainda não foi adotado pelo governo brasileiro. A Funasa ainda não autorizou sua adição em água potável para consumo humano.
Os testes em Foz do Iguaçu estão limitados a calhas, depósitos de pneus, bebedouros de animais e outros locais de difícil limpeza.
O inseticida mais usual distribuído pelo governo para combate às larvas do mosquito da dengue é químico.

Baixada Santista
Para tentar controlar a dengue em Santos, a prefeitura sancionou um projeto de lei que prevê multas de R$ 200 a R$ 800 para proprietários de terrenos abandonados ou de áreas comerciais em que forem encontrados focos do Aedes aegypti.
A Baixada Santista tem 1.877 casos de dengue.



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