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Helicóptero foi direto ao mar logo após a decolagem
Foram confirmadas as mortes de três pessoas devido a pouso forçado da aeronave a serviço da Petrobras em Macaé
Até a noite de ontem dois dos três corpos haviam sido identificados; causas do acidente são investigadas
pela FAB e pela Polícia Civil
SERGIO TORRES
ENVIADO ESPECIAL A MACAÉ (RJ)
Sobreviventes do acidente de
helicóptero que matou ao menos três pessoas na bacia de
Campos (litoral norte do RJ)
contaram no hospital em que
estão, em Macaé (188 km do
Rio), que o pouso foi tão repentino que não tiveram tempo de
entender o que acontecia.
Um minuto após a decolagem da plataforma P-18, helicóptero e passageiros estavam
no mar, em meio a ondas de até
2 m, nevoeiro e correnteza forte. Como nas decolagens de
plataformas, o helicóptero desceria em direção ao mar e subiria em seguida. Isso não ocorreu. O Super Puma, com 20
pessoas a bordo, caiu na água.
Aeronáutica e a Polícia Civil investigam causas.
Três corpos haviam sido resgatados até ontem à noite -os
de Durval Barros da Silva, funcionário da empresa De Nadai
Serviços de Alimentação, contratada pela Petrobras, e de
Marcelo Manhães dos Santos,
28, técnico de segurança, foram
reconhecidos. O terceiro corpo
permanecia não identificado.
Pode ser do piloto Paulo Roberto Veloso Calmon, de Adinoelson Simas Gomes, empregado
da Petrobras, ou de Guaraci
Novaes Soares, também funcionário da De Nadai. Os três
são considerados desaparecidos. As outras 15 pessoas foram
resgatadas anteontem.
"Afinal, o que aconteceu?",
perguntou o comissário de hotelaria José Carlos Barbosa
Nascimento -que estava a bordo- aos colegas que o visitaram ontem no hospital.
Nascimento, que também
trabalha na De Nadai, disse a
amigos não saber o que fez o piloto tentar o pouso. Sobreviventes contaram que, logo que
o helicóptero pousou no mar
revolto, botaram os coletes e
atiraram-se na água. Foram
resgatados por barcos que saíram de plataformas próximas.
O aparelho caiu a 280 metros
da P-18 e a 109 km da costa.
Ao menos três ocupantes não
conseguiram saltar. Dois deles
morreram no helicóptero. Os
corpos foram localizados ontem, por robô submarino, na
aeronave submersa, a 820 m.
O terceiro ocupante preso no
helicóptero foi o co-piloto Sérgio Ricardo Muller, 48. Com o
impacto na água, ele machucou
as costas e o tórax. A equipe de
resgate o retirou pouco antes
da submersão. Seu caso é considerado grave, pois ele também
se queimou com o combustível
que vazou do aparelho.
O diretor de Produção e Exploração da Petrobras, Guilherme Estrella descartou que o
mau tempo tenha provocado o
acidente. Mas, anteontem, uma
hora após o desastre, o tráfego
aéreo foi interrompido devido a
temporal e nebulosidade.
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