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Policiais civis de Alagoas encerram greve
Paralisação chega ao fim após quase sete meses; acordo aprovado em assembléia prevê que piso passará de R$ 1.330 a R$ 1.818
Segundo sindicato, porém, agentes e escrivães podem
retomar paralisação se o governo não suspender
processos contra 14 grevistas
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
Após quase sete meses em
greve, policiais civis de Alagoas
decidiram ontem aceitar a contraproposta do governo e encerrar a paralisação.
Agentes e escrivães, no entanto, podem retomar a greve
se o governo não suspender
processos administrativos contra 14 grevistas, disse o presidente do Sindpol (Sindicato
dos Policiais Civis de Alagoas),
Carlos Jorge da Rocha. Delegados não aderiram à greve.
Os grevistas pediam equiparação salarial dos policiais com
nível superior ao salário dos peritos, cujo piso é R$ 3.047. Segundo o Sindpol, 85% dos cerca
de 2.000 policiais do Estado
têm curso superior. O piso salarial do agente policial no Estado, segundo o Sindpol, é R$
1.330. Agora, deve passar a R$
1.818.
A proposta aceita ontem em
assembléia prevê reajuste salarial de 36,7%, dividido em 18
meses e retroativo a janeiro,
mais adicional noturno de
7,2%, em média. A proposta inicial do governo Teotonio Vilela
Filho (PSDB) previa pagamento do aumento em 36 parcelas.
Policiais queriam seis meses.
A greve abriu crise no Estado,
com saída do secretário da Defesa Social Edson Sá Rocha e a
decretação, às vésperas do Carnaval, de "estado de perigo público iminente da segurança
pública". Durante a greve, iniciada em 1º de agosto de 2007,
só casos de flagrantes eram
atendidos nas delegacias, e a
população não conseguia registrar ocorrências.
O médico Júlio Bandeira, indicado pelo governo para negociar com os grevistas, disse que
trabalhará para suspender os
processos contra os 14 grevistas, apesar de o ponto não ter
sido incluído no acordo.
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