São Paulo, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

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Policiais civis de Alagoas encerram greve

Paralisação chega ao fim após quase sete meses; acordo aprovado em assembléia prevê que piso passará de R$ 1.330 a R$ 1.818

Segundo sindicato, porém, agentes e escrivães podem retomar paralisação se o governo não suspender processos contra 14 grevistas

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA

Após quase sete meses em greve, policiais civis de Alagoas decidiram ontem aceitar a contraproposta do governo e encerrar a paralisação.
Agentes e escrivães, no entanto, podem retomar a greve se o governo não suspender processos administrativos contra 14 grevistas, disse o presidente do Sindpol (Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas), Carlos Jorge da Rocha. Delegados não aderiram à greve.
Os grevistas pediam equiparação salarial dos policiais com nível superior ao salário dos peritos, cujo piso é R$ 3.047. Segundo o Sindpol, 85% dos cerca de 2.000 policiais do Estado têm curso superior. O piso salarial do agente policial no Estado, segundo o Sindpol, é R$ 1.330. Agora, deve passar a R$ 1.818.
A proposta aceita ontem em assembléia prevê reajuste salarial de 36,7%, dividido em 18 meses e retroativo a janeiro, mais adicional noturno de 7,2%, em média. A proposta inicial do governo Teotonio Vilela Filho (PSDB) previa pagamento do aumento em 36 parcelas. Policiais queriam seis meses.
A greve abriu crise no Estado, com saída do secretário da Defesa Social Edson Sá Rocha e a decretação, às vésperas do Carnaval, de "estado de perigo público iminente da segurança pública". Durante a greve, iniciada em 1º de agosto de 2007, só casos de flagrantes eram atendidos nas delegacias, e a população não conseguia registrar ocorrências.
O médico Júlio Bandeira, indicado pelo governo para negociar com os grevistas, disse que trabalhará para suspender os processos contra os 14 grevistas, apesar de o ponto não ter sido incluído no acordo.


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