São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 2008

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Versão é entregue após Promotoria apontar falhas

DA REPORTAGEM LOCAL

A divulgação do laudo contratado pelo consórcio Via Amarela ocorreu uma semana depois da avaliação divulgada pelo Ministério Público Estadual de que houve erros na construção que podem ter contribuído para abrir a cratera.
Entre eles, a inversão do lado de escavação do túnel, indicado inicialmente, e a aceleração dos trabalhos antes do acidente.
O diretor de contratos do Via Amarela, Marcio Pellegrini, negou os problemas e disse que a Promotoria foi precipitada. Afirmou também que a mesma condição de escavação em Pinheiros se repete no Butantã -em sentido diferente do indicado no projeto, mas que era só uma indicação, e não obrigação.
O anúncio do laudo do engenheiro britânico Nicholas Barton se antecipa às investigações formais -a principal feita pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que, procurado, não quis se manifestar ontem.
O documento contratado pelo consórcio foi entregue também ontem de manhã aos demais órgãos envolvidos nas apurações do buraco do metrô.
Um integrante do Estado ouvido pela Folha avaliou que a data de divulgação do laudo pelo Via Amarela foi estratégica. Primeiro porque teria menor repercussão se fosse depois do oficial; segundo porque, ao menos indiretamente, influencia as demais investigações.
O Metrô divulgou ontem à noite que "somente poderá se manifestar a respeito da investigação, que se encontra, atualmente, em fase de coleta de provas, após a sua conclusão".
E disse que, até agora, "não recebeu das autoridades responsáveis pelo inquérito ou de outro órgão ligado à investigação nenhum laudo conclusivo acerca das causas do acidente".
A companhia disse que, por "determinação legal", a responsabilidade do inquérito é do Ministério Público do Instituto de Criminalística.


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