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Versão é entregue após Promotoria apontar falhas
DA REPORTAGEM LOCAL
A divulgação do laudo contratado pelo consórcio Via
Amarela ocorreu uma semana
depois da avaliação divulgada
pelo Ministério Público Estadual de que houve erros na
construção que podem ter contribuído para abrir a cratera.
Entre eles, a inversão do lado
de escavação do túnel, indicado
inicialmente, e a aceleração dos
trabalhos antes do acidente.
O diretor de contratos do Via
Amarela, Marcio Pellegrini, negou os problemas e disse que a
Promotoria foi precipitada.
Afirmou também que a mesma
condição de escavação em Pinheiros se repete no Butantã
-em sentido diferente do indicado no projeto, mas que era só
uma indicação, e não obrigação.
O anúncio do laudo do engenheiro britânico Nicholas Barton se antecipa às investigações
formais -a principal feita pelo
IPT (Instituto de Pesquisas
Tecnológicas), que, procurado,
não quis se manifestar ontem.
O documento contratado pelo consórcio foi entregue também ontem de manhã aos demais órgãos envolvidos nas
apurações do buraco do metrô.
Um integrante do Estado ouvido pela Folha avaliou que a
data de divulgação do laudo pelo Via Amarela foi estratégica.
Primeiro porque teria menor
repercussão se fosse depois do
oficial; segundo porque, ao menos indiretamente, influencia
as demais investigações.
O Metrô divulgou ontem à
noite que "somente poderá se
manifestar a respeito da investigação, que se encontra, atualmente, em fase de coleta de
provas, após a sua conclusão".
E disse que, até agora, "não
recebeu das autoridades responsáveis pelo inquérito ou de
outro órgão ligado à investigação nenhum laudo conclusivo
acerca das causas do acidente".
A companhia disse que, por
"determinação legal", a responsabilidade do inquérito é
do Ministério Público do Instituto de Criminalística.
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