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MISS BRASIL
Gislaine Ferreira tinha perdido em Minas Gerais
"Foi Deus", diz mineira eleita por Tocantins
AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
"Foi Deus que quis assim." A
miss Tocantins Gislaine Ferreira, 19, olhos verdes, "1m73 de altura, 90 de busto, 62 de cintura e
90 de quadril", eleita miss Brasil
na noite do sábado, na verdade é
mineira de Patos de Minas e estuda em Belo Horizonte.
"Nada é por acaso. Eu rezava
todas as manhãs. Se fui a escolhida, é porque Deus é fiel e honra seus servos", ela revelou depois, em entrevista. Ferreira ficou em segundo lugar no miss
Minas Gerais em março, "mas
ninguém se conformou". "Como Tocantins não tinha representante, me convidaram." A família de Gislaine tem fazendas e
parentes naquele Estado.
O público que viu o concurso
no Via Funchal, em São Paulo, e
os telespectadores da Rede Bandeirantes, que patrocinou o
evento, não souberam disso.
Estudante de jornalismo, a nova miss Brasil conquistou o público quando disse que a violência deve ser combatida dando
oportunidade às pessoas.
Luzes azuis, jurados de peso,
os nomes de destaque da Bandeirantes e "muito glamour".
Com essa fórmula, a emissora se
propôs a resgatar o brilho de um
concurso que no próximo ano
completa a 50ª edição.
O âncora Marcos Hummel citou Dostoiévski para dizer que a
"coisa mais difícil de julgar é a
beleza". E o público foi informado de que as medidas das moças
"foram cientificamente tomadas pelo médico do concurso".
As candidatas desfilaram com
jóias verdadeiras. Somavam
US$ 1,3 milhão, US$ 35 mil só na
coroa da eleita, emprestadas pela Associação de Joalheiros de
São Paulo e pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos. Nos camarins, seguranças
vigiavam essa fortuna, mas nem
o público nem os telespectadores ficaram sabendo disso.
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