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URBANISMO
Projeto foi apresentado ontem a Marta Suplicy
Reforma da rua São Caetano prevê integração com corredor cultural
AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um corredor que começa na
rua José Paulino, no Bom Retiro,
atravessa a avenida Tiradentes,
desce a rua "São Caetano das noivas" e vai terminar na rua Oriente,
no Brás, pode se transformar no
maior "centro sacoleiro" da América do Sul -ou no maior centro
de turismo de compra do país, como preferem seus responsáveis.
As ruas do entorno -onde há
um dos maiores centros de confecção do país-, associadas a
pontos turísticos já existentes e a
novos restaurantes, serão pensadas para atrair "compradores-turistas" de muitos países.
O projeto de um corredor cultural e de confecção foi apresentado
ontem à noite, durante anúncio
de revitalização da rua São Caetano, que teve como convidada
principal a prefeita Marta Suplicy.
A prefeita visitou algumas lojas
de noivas e assistiu à apresentação
do projeto. Segundo ela, "a São
Caetano é a rua dos sonhos, do romantismo, da fantasia; toda mulher quer dar uma olhadinha".
Pela rua, passam cerca de 3.000
visitantes-compradores por dia,
estima André Monteiro, presidente do Clube dos Lojistas da
rua. Hoje a rua mistura suas centenas de lojas "casamenteiras"
com comércio de máquinas de
costura e equipamentos de lojas.
Os cerca de 500 metros da São
Caetano, entre as avenidas Tiradentes e do Estado, formam o
quarto projeto da prefeitura de revitalização de ruas.
O projeto, elaborado com a assessoria de professores da FAU-USP, prevê alargamento da calçada em certos pontos, vagas para
carros, recapeamento asfáltico,
calçada que permite absorção da
água, iluminação diferenciada, fachadas padronizadas e restauradas e arborização com laranjeiras.
Os custos para a prefeitura estão
estimados em R$ 1 milhão.
O que mais animou a prefeita
foi o anúncio do "corredor têxtil
cultural". No caminho para a área
onde estão atrações culturais como a Pinacoteca do Estado e a Sala São Paulo, o problema é a movimentada avenida Tiradentes, obstáculo que, segundo Marta, poderia ser superado com a instalação
de elevadores na já existente "passarela das noivas".
"Durante o dia os turistas fazem
compras, à noite participam de
programa culturais", disse Shlomo Shoel, presidente da Câmara
de Dirigentes do Bom Retiro.
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