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Continua busca por padre balonista
Para a família do religioso Adelir Antônio de Carli, ele está vivo; parte dos balões foi encontrada no litoral de SC
Marinha afirma que 72 horas é o período no qual há mais chance de se encontrar um náufrago com vida; a busca oficial durou seis dias
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Mesmo com o fim oficial das
buscas, decretado pela Marinha no final da tarde de anteontem, a procura pelo padre Adelir Antônio de Carli continua
sendo feita por voluntários, no
litoral de Santa Catarina, onde
o religioso desapareceu.
A Marinha informou que realizou todos "os esforços possíveis" ao manter os trabalhos
durante seis dias, acima de 72
horas, considerado o período
com maior chance de se encontrar um náufrago com vida.
Mas equipes do Corpo de
Bombeiros de Penha (129 km a
norte de Florianópolis) e voluntários vasculham regiões de
mata e do litoral próximo ao
município, onde a família acredita que Carli possa estar perdido. Ele caiu no mar quando partiu de Paranaguá (90 km de Curitiba) para tentar voar preso a
cerca de mil balões de festa.
Parentes saíram de Ampére
(291 km de Curitiba), a cidade
natal do padre, para acompanhar as buscas neste final de semana em Penha, onde foram
localizados os primeiros restos
de balões usados no vôo.
Enquanto Carli não for encontrado, a família não admite
trabalhar com a hipótese de
que o religioso morreu. "Até
que ele não seja encontrado,
para nós ele está vivo e esperando ser resgatado", disse a
comerciante Elizabete de Carli,
prima do religioso.
Elizabete declarou que a família tem "rezado para que [este domingo] seja o último dia de
buscas". "Estamos rezando para que Deus ilumine os guias
para o lugar certo."
Até o fechamento desta edição, o padre não havia sido encontrado.
O dono de uma escola de balonismo em Belo Horizonte,
Lincoln Fernandez Freire, disse que o caso deve servir como
alerta para as autoridades aéreas impedirem novas tentativas semelhantes a do padre.
Freire afirmou que o religioso, além de desconhecer como
estavam as correntes de vento,
ignorou o perigo de encontrar
nuvens repletas de turbulência.
"Aeronaves de grande porte
evitam passar por nuvens assim para não correr risco de danos na estrutura do avião. Imagina uma pessoa amarrada a balõezinhos de festa?", declarou o empresário, que tem 20
anos de prática de balonismo.
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