São Paulo, sexta-feira, 28 de maio de 2004

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TRÂNSITO

Exigências da prefeitura para regularizar motofrete motivaram ato; outras manifestações prejudicaram tráfego

Protesto de motoboys pára ruas no centro

DO "AGORA"

Centenas de motoboys se uniram e percorreram as principais artérias de São Paulo ontem, em protesto contra as exigências da prefeitura para regularizar o serviço de motofrete. O ato causou lentidão no centro e ameaçou bloquear uma pista da av. Paulista.
Outras manifestações prejudicaram o trânsito à tarde na cidade. A av. Tiradentes ficou em parte interditada perto da av. do Estado por funcionários da Sabesp.
Na av. São João, agentes penitenciários protestaram em frente ao prédio da Secretaria da Administração Penitenciária.
Segundo a PM, de 500 a 600 motociclistas participaram dos protestos. O Grupo de Apoio aos Motociclistas Profissionais da Cidade de São Paulo, organizador do ato, fala, porém, em 3.000. Na cidade, há cerca de 160 mil profissionais.
A mobilização foi iniciada às 7h, quando manifestantes saíram da praça Ramos de Azevedo. Por volta das 11h30, após cruzarem a rua da Consolação e as avenidas Paulista e Brig. Luís Antônio, chegaram ao Palácio do Anhangabaú, sede da prefeitura. Na cidade, a lentidão ficou em 46 km às 11h30 e em 54 km às 11h.
Depois de uma hora, a administração concordou em receber uma comissão. A reunião acabou às 13h30. Ficou decidido que os organizadores do ato encaminhariam ofício à prefeitura com todas as reivindicações.

Novo ato na Paulista
O resultado da negociação, porém, não agradou aos cerca de 200 manifestantes que esperavam em frente ao Banespinha. Eles decidiram então voltar à Paulista e, sem a PM, subiram a Brig. Luís Antônio, muitos pela contramão.
Na Paulista, os motoboys ameaçaram fechar a pista sentido Consolação. Carros e motos da PM tiveram de entrar em ação. Quando paravam, policiais avançavam tocando sirenes e mostrando armas, obrigando-os a seguir. O grupo foi para a av. 23 de Maio lentamente e se dispersou na av. Washington Luís (zona sul).

Reivindicações
Segundo a Secretaria Municipal dos Transportes, os motoboys exigiram na reunião a suspensão da fiscalização e a gratuidade do curso exigido no cadastramento, que não poderiam ser atendidas.
José Geraldo, coordenador do grupo que organizou o ato, disse não ser contra o cadastro. "Queremos mais tempo", afirmou. A prefeitura informou haver o cadastro básico, válido por 30 dias, que pode ser feito pela internet.
Segundo Geraldo, após a reunião, a secretaria afirmou que estudaria baixar o valor das taxas de cadastro -R$ 41 ao todo.


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