AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Em um intervalo de três horas, quatro homens foram assassinados vítimas de latrocínio entre anteontem à noite a madrugada de ontem na cidade de São Paulo.
Aparentemente, os casos de roubo seguido de morte não têm relação entre si.
As ocorrências chamaram a atenção dos investigadores porque, nas três ocasiões, os ladrões queriam roubar carros populares das vítimas, mas nenhum obteve sucesso.
Testemunhas relataram à polícia que as vítimas reagiram às tentativas de roubo.
Com os casos, já há ao menos 33 vítimas de latrocínio na capital paulista neste ano, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública.
O número pode ser maior, já que, no primeiro trimestre, as estatísticas divulgadas pela secretaria contabilizavam sete registros a menos do que realmente havia acontecido.

A SEQUÊNCIA
O primeiro dos três crimes ocorreu na Mooca, zona leste, pouco antes das 21h de anteontem. O gerente Danilo Alencar Rolim, 64, e seu amigo Antônio Fernando Rossin, 59, chegavam em casa em um Gol quando dois bandidos armados os renderam.
Testemunhas disseram à polícia que ouviram uma discussão e o som de tiros.
O carro em que eles estavam não chegou a ser roubado. Os ladrões bateram o veículo e fugiram. PMs socorreram as vítimas, mas elas morreram a caminho do hospital.
"Foi registrado como latrocínio, mas também investigamos se foi homicídio por outro motivo", disse o delegado Antonio Cunha (8º DP).
No bairro Rio Pequeno, zona oeste, já às 21h, a vítima foi o aposentado Osmar Pereira, 58. Assim como no outro caso, ele parava seu Celta em casa quando foi abordado por uma dupla e acabou baleado. Ele também morreu a caminho do hospital.
O outro caso aconteceu em Cidade Ademar, zona sul. O mecânico Alberto Magno Andrade, 37, parou seu Palio no semáforo e dois homens armados anunciaram o assalto.
Ele chegou a abrir a porta do carro, mas instantes depois a fechou e foi atingido. Nenhum suspeito foi preso.


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