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Uê é investigado pelo atentado
DA SUCURSAL DO RIO
O chefe de Polícia Civil, Zaqueu
Teixeira, disse ontem que o traficante Ernaldo Pinto de Medeiros,
o Uê, preso em Bangu 1, está sendo investigado como um possível
mandante do atentado contra a
sede da prefeitura, na segunda.
No dia do atentado, Teixeira
afirmou não acreditar que a iniciativa tivesse partido de traficantes porque a munição era velha e,
segundo ele, os traficantes usam
munição nova. Mas o indício que
levou a polícia a suspeitar de Uê é
justamente a munição: balas americanas Wolf, de calibre 7,62,
compatíveis com o fuzil russo
AK-47, iguais às usadas no ataque
feito por traficantes do morro do
Juramento, da quadrilha comandada por Uê, à 27ª DP, em março.
"Por enquanto, essa é uma das
hipóteses que estamos investigando", afirmou Teixeira.
A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli
poderá apontar se, além da munição, a arma usada no atentado era
a mesma do ataque à delegacia.
Uê é apontado como líder da
ADA (Amigo dos Amigos), facção que se aliou ao Terceiro Comando para disputar com o Comando Vermelho o domínio do
tráfico no Rio. O "bonde" que atacou a 27ª DP teria mais de 200 traficantes recrutados por ordem de
Uê, mesmo ele estando preso.
Para a Secretaria de Segurança,
a munição Wolf sai dos EUA, onde é fabricada, vai para a África e
de lá para a Argentina. Passa pelos
Estados do RS, PR e MS, até chegar ao Rio.
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