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Deficiente fica fora da escola
DA SUCURSAL DO RIO
Os números do Censo 2000 do
IBGE mostram que a tão festejada
quase universalização do ensino
fundamental no Brasil ainda não
chegou às crianças portadoras de
algum tipo de deficiência.
Em 2000, apenas 5,5% das
crianças de 7 a 14 anos estavam fora da escola no Brasil. Essa porcentagem, no entanto, é bem
maior entre as crianças nessa faixa etária portadoras de deficiência: 11,4%. Entre as portadoras de
deficiência grave, a taxa dos sem-escola chega a um quarto da população de 7 a 14 anos: 25,1%.
Segundo a Constituição de 1988,
o poder público, a família e a sociedade têm obrigação de garantir
que todas as crianças de 7 a 14
anos estejam na escola.
Foi a primeira vez que o IBGE
pesquisou de forma mais aprofundada o perfil dos portadores
de deficiência. Por isso, não é possível comparar com a taxa de escolarização de outros anos.
O instituto trabalhou com a definição ampla de deficiência, padrão mais comum nas análises
feitas nos países desenvolvidos.
Uma pessoa com alguma dificuldade para enxergar, mesmo com
o uso de óculos, é considerada
portadora de deficiência visual.
Os portadores de deficiência grave são aqueles que disseram ser
totalmente incapazes ou ter grande dificuldade para enxergar, ouvir ou caminhar.
O Censo mostra também que,
entre os portadores de deficiência, o acesso à escola é diferenciado. Ainda entre as crianças de 7 a
14 anos, os portadores de deficiência visual grave são os que
têm melhor acesso: apenas 6,7%
não estudam.
Essa porcentagem sobe entre os
portadores de deficiência física
permanente (39% fora da escola)
ou de deficiência mental permanente (33,5%).
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