da Reportagem Local

Pelo menos 3,5 milhões de mulheres brasileiras ainda usam paninhos e toalhinhas não descartáveis para conter o sangue menstrual. Já o papel higiênico é utilizado por 1,3 milhão.
Os números foram estimados a partir de uma pesquisa realizada em dezembro passado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).
Segundo esse estudo, 15% das mulheres entrevistadas disseram não usar absorventes ou tampões industrializados. Cerca de 8% afirmaram usar paninhos e toalhas.
Estima-se que no Brasil existam hoje 48 milhões de mulheres entre 14 e 49 anos, faixa etária que concentra as mulheres em idade reprodutiva.
A pesquisa da Abihpec foi feita com mulheres entre 14 e 59 anos, moradoras de cidades com mais de 20 mil habitantes distribuídas por todo o país.
Segundo João Carlos Basílio da Silva, presidente da associação, as práticas de uso não apresentam muitas mudanças entre uma classe social e outra.
As mulheres entre 30 e 39 anos, no entanto, são as que mais usam absorventes: 94% disseram usar sempre, contra 81% entre as mulheres de mais idade.
De acordo com os dados da associação, 4 bilhões de absorventes e tampões são consumidos por ano no país.
Desse total, cerca de 3,5% são tampões tipo "ob", classificados como absorventes internos.
O total consumido permite estimar que cada mulher em idade reprodutiva que está usando absorventes consome cerca de cem unidades por ano.
O faturamento do mercado de absorventes no ano passado foi de US$ 298 milhões, considerando o preço na saída da fábrica.
(AB e LM)


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