São Paulo, domingo, 28 de junho de 1998

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CHACINA
Todos os policiais do 26º Batalhão da PM, que cobre a cidade do crime, serão investigados
Chacina cria intervenção branca em batalhão

CRISPIM ALVES
da Reportagem Local

O 26º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Franco da Rocha e responsável também por Francisco Morato (ambas na Grande São Paulo), vai passar por uma intervenção do comando geral da corporação. Todos os policiais da unidade serão investigados de alguma forma.
Na madrugada do último dia 17, três homens encapuzados invadiram o bar Ponto de Encontro, no centro de Francisco Morato, e praticaram a maior chacina de toda a história do Estado (ao lado do massacre ocorrido em Taboão da Serra em 94): 12 pessoas mortas.
Até o momento, PMs são os principais suspeitos do crime. "Não descarto nada. Vou fazer o que for possível para melhorar a PM", disse o coronel Carlos Alberto de Camargo, comandante-geral da tropa.
"De imediato, todos os policiais do 26º batalhão vão passar por uma reciclagem. É um batalhão especialmente difícil", afirmou Camargo. Além disso, o comando vai levantar a ficha de todos os PMs da unidade.
O major Antonio Carlos Biagioni, porta-voz do comando, declarou que não há uma data definida para o início dessa intervenção, mas ela deve ocorrer em breve. "O mesmo será feito em outros quartéis, principalmente nos mais problemáticos", afirmou.
Desde o dia do massacre, cinco soldados foram afastados dos seus postos. Dois estão presos temporariamente. Um terceiro está preso administrativamente.
Um quarto soldado está cumprindo expediente na corregedoria. Um quinto policial ficou preso por quatro dias, mas foi liberado.



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