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Grupo ainda usa central e celular
DA REPORTAGEM LOCAL
O PCC ainda tem 12 centrais telefônicas em São Paulo, duas delas em Assis e em São José dos
Campos, e centenas de celulares
espalhados pelos presídios.
As informações constam do depoimento de Sueli Maria Resende
Leite, 41, presa quando a polícia
estourou uma das centrais.
Desde fevereiro, 18 delas foram
grampeadas e desativadas pelos
policiais em nove cidades, com a
prisão de dez pessoas e a apreensão de R$ 200 mil em equipamentos. Os presos são mulheres de líderes e membros da organização.
As centrais e os celulares -que
entram clandestinamente nos
presídios- são as maiores armas
do PCC para articular suas ações.
De celulares pré-pagos, os presos fazem ligações a cobrar para
as centrais e pedem para as telefonistas da quadrilha que transfiram as chamadas a membros do
grupo -presos ou em liberdade.
Anteontem, por exemplo, na
penitenciária de segurança máxima de Iaras, uma operação da PM
localizou 16 celulares. No Carandiru (zona norte da capital), nos
últimos dois anos, quase mil aparelhos foram apreendidos.
Foi rastreando uma dessas centrais que as autoridades identificaram os problemas financeiros
pelos quais passa o PCC.
Desde a megarrebelião de fevereiro, articulada por celular, as
autoridades ensaiam instalar bloqueadores de sinal nos presídios
para evitar esses contatos.
Depois disso, 106 presos já escaparam do Complexo do Carandiru, com carros esperando por eles
a poucos quilômetros. Um deles
-Osmar Aparecido Luiz Filho, o
Pirata- já havia tido diálogos
gravados por meio das centrais.
Na próxima terça, secretários da
Administração Penitenciária vão
a Brasília para discutir os testes do
sistema em cinco Estados.
Em São Paulo, eles serão feitos
no Complexo do Carandiru, no
Centro de Detenção Provisória do
Belém e nas penitenciárias de Iperó e de Itapetininga.
(SC e AS)
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