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São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2003

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PANORÂMICA

LITORAL

Católicos protestam devido à onda de furtos em igrejas de Praia Grande
A violência contra igrejas em Praia Grande, no litoral paulista (86 km de SP), provocou o fechamento de 14 paróquias ontem. Aproximadamente 25 mil fiéis não puderam assistir à missa dominical da manhã por causa de um protesto, com cerca de 3.000 pessoas, organizado pelos católicos da cidade.
Nos últimos três meses, pelo menos oito igrejas católicas foram violadas por vândalos. Numa delas, o cálice com as hóstias foi jogado no chão. "Isso não se pode perdoar", disse o padre Joseph Thomas, 42, da paróquia Nossa Senhora das Graças.
Hoje as igrejas da cidade voltam a funcionar normalmente.
Os alvos dos ladrões, que arrombam as igrejas durante a madrugada, são, em geral, equipamentos de som, como microfones e instrumentos musicais, e até janelas de alumínio. As mais visadas são a igreja Santa Terezinha, furtada seis vezes, e a igreja de Santo Antônio, na Vila Mirim, com três ocorrências.
Debaixo de chuva, os fiéis fizeram uma caminhada de 2 km, que começou às 9h e terminou com uma missa. O protesto, acompanhado pelo bispo Dom Jacyr Braido e por políticos e policiais da região, foi da paróquia Nossa Senhora das Graças até a igreja São José Operário.
Padre Thomas disse esperar que a manifestação faça com que a polícia ganhe um reforço no efetivo e que a segurança melhore na cidade. "Espero que o povo continue se mobilizando por mais segurança", afirmou.
Antes do protesto, Thomas havia enviado carta ao presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), relatando a situação. Em resposta, Cunha disse que os pedidos de solução do caso foram encaminhados ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e ao prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, ambos do PSDB.
(DA AGÊNCIA FOLHA)


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