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Nos Estados Unidos, equipamento mede atrito na chuva
DENYSE GODOY
ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON
Nos Estados Unidos, a averiguação da segurança das pistas
dos aeroportos é baseada principalmente no chamado coeficiente de atrito. Simplificadamente, é a medida da resistência que a pista oferece aos
pneus das aeronaves.
As medições devem ser realizadas semanal ou mensalmente, dependendo do volume de
tráfego aéreo. Mas, se as condições climáticas forem adversas,
como durante chuvas, pode ser
necessário realizá-las várias vezes no dia.
Tanto a Icao (Organização
Internacional da Avião Civil, da
sigla em inglês) quanto a FAA
(Administração Federal da
Aviação) estabeleceram, após a
realização de testes empíricos,
padrões de coeficientes de atrito que indicam se a pista está ou
não segura para pousos e decolagens -o coeficiente mínimo é
0,42. No caso da FAA, muitos
dos exames foram conduzidos
pela Nasa, a agência espacial
americana, e são repetidos e
atualizados periodicamente.
Cada pista de cada aeroporto
tem as suas particularidades.
Por isso, as administrações dos
aeródromos também fazem os
seus próprios testes e comparam os resultados com os modelos da Icao e da FAA para determinar os níveis de segurança válidos ali.
Segundo a recomendação da
agência, são utilizados veículos
especiais dotados de um sistema de medição -o mais comum é o Mu-Meter. Trata-se
de um carro adaptado que possui uma ou mais rodinhas,
atrás, as quais captam as variações de aderência durante
exercícios de deslocamentos,
acelerações e freadas na pista.
Seus sensores mandam os
dados para um computador de
bordo, o qual produz gráficos e
diagramas e envia essas informações para o departamento
de controle de vôos do aeroporto. Os relatórios são arquivados
para consultas futuras.
O sistema de coeficientes
apresenta menor confiabilidade quando há mais de 2,5 centímetros de neve ou 1 milímetro
de água na pista. Então, para
adequar a avaliação, aumenta-se, por exemplo, a distância necessária para frenagem.
Outros padrões são instituídos -os veículos de teste dispõem de um sistema que joga
água na pista para simular diversos graus de severidade de
chuva e, assim, obter os valores
corretos em cada situação.
A FAA destaca que também
se aplica o sistema de conferência visual para procurar áreas
onde possa haver empoçamento na pista.
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