São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 2011

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NILZA ARATAQUE CUTRONA (1946-2011)

A Pingo de Gente e os bordados

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

A goiana Nilza Arataque, descendente de japoneses, casou-se com o francês Paolo Cutrona, de família italiana, na época em que ele trabalhava com arroz. Antes, o marido se arriscara com eletrônica e tivera frota de táxi.
Ela só se envolveu nos negócios quando ele mudou novamente de área e decidiu investir numa malharia.
Na Pingo de Gente, confecção infantil montada por Paolo no começo da década de 1960, a moça nascida em Inhumas (GO) foi responsável pelo desenho das roupas e pelas coleções baseadas no que observava fora do Brasil.
Voltada para crianças com até oito anos, a marca vestiu muitos bebês pelo país afora, lembra a família. A estilista, como conta o filho Jean Paul, integrou até um clube de moda infantil em São Paulo.
Depois que a confecção fechou, em 1998, Nilza continuou se dedicando a trabalhos manuais. Fazia bordados à mão e produzia porta-guardanapos, caixas e bolsas que demoravam até 15 dias para ficar prontas, devido a seu extremo perfeccionismo.
As bolsas, por sinal, assim como os sapatos, eram objetos pelos quais ela tinha uma certa compulsão, segundo a família. Também trabalhou em enfeites de árvore de Natal e de aniversários.
Ativa, até a véspera de sua morte andou pela 25 de Março atrás de material de costura e bordado. Há alguns dias, sentiu uma dor de cabeça e sofreu um aneurisma.
Morreu na sexta-feira (22), aos 65 anos. Teve dois filhos e três netos pequenos, que eram seus xodós. A missa do sétimo dia será realizada hoje, às 12h, na igreja São José, no Jd. Europa, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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