São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 2002

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Prefeitura quer ampliar parcerias para reforma e manutenção de praça

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo está recorrendo à ajuda da iniciativa privada e de associações de bairros para conseguir reformar e manter as praças públicas da cidade. Como contrapartida, as empresas e associações ganham o direito de publicidade nos locais.
A idéia é estender essas parcerias, principalmente na região central da cidade, onde apenas seis das 250 praças que estão sob os cuidados da Subprefeitura da Sé foram "adotadas".
Um exemplo dessa cooperação é a praça Recanto do Pica Pau Amarelo, na esquina da avenida Duque de Caxias com a avenida São João, na região central. A nova praça -que foi reformada pelo Unibanco- deverá ser entregue à população em setembro.
Já em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), 70 das 300 praças que estão sob a gestão da subprefeitura local são atendidas pelos chamados termos de cooperação.
Empresas, como o Shopping Villa-Lobos, ficaram responsáveis pelo projeto paisagístico e manutenção de 107 mil m2 de praças e canteiros de avenidas. A administração do shopping não quis divulgar os gastos com o projeto.
"Os moradores nos pediram para cuidar do entorno, já que a prefeitura, sozinha, não dá conta", afirmou Consuelo Gradin, gerente de marketing do shopping.
A subprefeita de Pinheiros, Bia Pardi, reconhece que a prefeitura tem dificuldades em manter todas as praças, mas acredita que esse não seja o aspecto principal. "Acho que o mais importante é a vontade de ajudar. Se essas pessoas, que têm um poder aquisitivo maior, podem fazer, então nós aceitamos. Até porque está tudo dentro da lei", afirmou.
Qualquer pessoa pode adotar uma praça. Basta apresentar uma carta de intenção à subprefeitura indicando a área de interesse, acompanhada de um projeto para o local, além de documentação.
A prefeita Marta Suplicy (PT) chegou a divulgar uma campanha, em julho, destacando a reforma feita em 60 das 2.700 praças da cidade. Mas a Folha mostrou, na época, que as praças reformadas não estavam tão arrumadas quanto o que vinha sendo propagado. Algumas estavam sujas e pichadas, não tinham lixeiras e os brinquedos estavam quebrados.


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