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Protesto deixa a marginal Tietê bloqueada por quase três horas
Manifestação foi motivada por moradores que temiam uma ação de despejo
DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL
A marginal Tietê ficou quase
três horas parada no sentido
Lapa-Penha ontem por causa
de um protesto de 150 moradores do condomínio Parque do
Gato, conjunto de prédios administrados pela Prefeitura de
São Paulo no Bom Retiro (região central). O congestionamento na pista expressa chegou a 12 km. O ato começou às
6h, durou quase duas horas, e a
pista só foi liberada às 9h.
O protesto, contra despejo
promovido pela Secretaria Municipal de Habitação, terminou
em confronto. Ao menos duas
mulheres foram feridas por balas de borracha. Quatro pessoas
foram detidas. A PM negou excessos e disse que foi atacada
com pedras.
A Secretaria Municipal de
Habitação afirmou que parte
dos moradores do condomínio
está em situação irregular porque sublocou os apartamentos.
A secretaria não disse quantos
estão nesta situação e afirmou
que haverá reintegração de
posse nesses casos. O Ministério Público Estadual pediu à
prefeitura que analise cada caso antes de despejar.
Mais protestos
Grupos de sem-teto ligados a
FLM (Frente de Luta por Moradia) fizeram seis invasões simultâneas na madrugada de
ontem na capital. Eles reivindicavam atendimento habitacional para famílias que recebem
até três salários mínimos.
Houve confusão entre a polícia e os sem-teto no centro e na
zona leste. A maioria das invasões foi contida pela polícia
-até a noite de ontem, duas
permaneciam. Os alvos das invasões foram um imóvel do
INSS, três prédios do PAR
(Programa de Arrendamento
Residencial), na zona leste, um
terreno da BR Distribuidora, ao
lado da favela de Heliópolis, e
um terreno em litígio na região
do Capão Redondo, na zona sul.
No terreno da BR, a expectativa dos sem-teto é a construção de 1.400 unidades habitacionais. A BR diz que entrou
com pedido de reintegração de
posse e que ficou acordado que
eles sairiam pacificamente do
terreno e seriam recebidos na
quinta-feira para conversar.
Os manifestantes criticavam
o fato de os empreendimentos
do PAR na zona leste estarem
prontos, um deles há mais de
um ano, mas vazios. A Caixa informou que "os empreendimentos não foram entregues
devido a danos físicos causados
por terceiros".
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