|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
outro lado
Conselho Regional de Medicina nega corporativismo
DA REPORTAGEM LOCAL
O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de
São Paulo) informou ontem,
por meio de seu primeiro-secretário, João Ladislau Rosa,
que a entidade não pode revelar
os resultados das apurações
abertas contra o médico Roger
Abdelmassih nos anos 1990
porque o material é protegido
por sigilo.
Rosa também classificou como "inverdade" a afirmação da
ex-estilista e atual estudante de
direito Vanuzia Leite Lopes,
que considerou "uma demonstração de corporativismo" o arquivamento da denúncia que
ela apresentou na época.
A maior parte das perguntas
feitas a Rosa pela reportagem
teve como resposta a informação de que as apurações do Cremesp são protegidas por sigilo
e, por isso, o órgão não poderia
se manifestar sobre o assunto.
A Secretaria da Segurança
Pública de São Paulo informou,
por meio de sua assessoria de
imprensa, que as acusações feitas por Vanuzia à Polícia Civil,
em 1993, foram investigadas
em um inquérito policial aberto no 5º Distrito Policial, no
bairro da Aclimação (zona sul).
A pasta também disse que o
inquérito teve como objetivo
apurar um possível "erro médico" praticado por Abdelmassih
e que o caso foi arquivado pela
Justiça em 24 de julho de 1997,
mas não informou o motivo.
Ministério Público
Na tarde de ontem, o Ministério Público Estadual informou que tinha dificuldades para encontrar os documentos do
caso de Vanuzia e que precisava
de mais tempo para se manifestar sobre sua atuação.
Já à noite, a assessoria de imprensa informou que tinha localizado poucas informações e
que o caso à época não foi investigado como "violência sexual", mas como erro médico.
Na sequência, o Ministério
Público divulgou nota oficial:
"As investigações feitas na época não apontaram elementos
para oferecimento de denúncia
contra o médico Roger Abdelmassih pelo eventual delito investigado, erro médico, razão
pela qual o Ministério Público
requereu, naquela oportunidade, o arquivamento do inquérito policial, o que foi acatado pela Justiça".
(AC e RP)
Texto Anterior: Mulher diz ter sido ignorada ao acusar médico há 15 anos Próximo Texto: Outro lado: Advogado diz que médico é inocente Índice
|