São Paulo, sexta-feira, 28 de agosto de 2009

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outro lado

Conselho Regional de Medicina nega corporativismo

DA REPORTAGEM LOCAL

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) informou ontem, por meio de seu primeiro-secretário, João Ladislau Rosa, que a entidade não pode revelar os resultados das apurações abertas contra o médico Roger Abdelmassih nos anos 1990 porque o material é protegido por sigilo.
Rosa também classificou como "inverdade" a afirmação da ex-estilista e atual estudante de direito Vanuzia Leite Lopes, que considerou "uma demonstração de corporativismo" o arquivamento da denúncia que ela apresentou na época.
A maior parte das perguntas feitas a Rosa pela reportagem teve como resposta a informação de que as apurações do Cremesp são protegidas por sigilo e, por isso, o órgão não poderia se manifestar sobre o assunto.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que as acusações feitas por Vanuzia à Polícia Civil, em 1993, foram investigadas em um inquérito policial aberto no 5º Distrito Policial, no bairro da Aclimação (zona sul).
A pasta também disse que o inquérito teve como objetivo apurar um possível "erro médico" praticado por Abdelmassih e que o caso foi arquivado pela Justiça em 24 de julho de 1997, mas não informou o motivo.

Ministério Público
Na tarde de ontem, o Ministério Público Estadual informou que tinha dificuldades para encontrar os documentos do caso de Vanuzia e que precisava de mais tempo para se manifestar sobre sua atuação.
Já à noite, a assessoria de imprensa informou que tinha localizado poucas informações e que o caso à época não foi investigado como "violência sexual", mas como erro médico.
Na sequência, o Ministério Público divulgou nota oficial: "As investigações feitas na época não apontaram elementos para oferecimento de denúncia contra o médico Roger Abdelmassih pelo eventual delito investigado, erro médico, razão pela qual o Ministério Público requereu, naquela oportunidade, o arquivamento do inquérito policial, o que foi acatado pela Justiça". (AC e RP)


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