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Justiça autoriza obra para trem até Cumbica
Tribunal de Justiça cassou a decisão liminar obtida pela Ministério Público que impedia o início do empreendimento
Segundo desembargador, CPTM cumpriu etapas para licenciamento ambiental; para Promotoria, obra afetará unidades de conservação
PABLO SOLANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Tribunal de Justiça de São
Paulo derrubou a liminar que
impedia o início das obras do
Expresso Aeroporto, linha direta de trem entre a estação da
Luz, no centro de São Paulo, e o
aeroporto internacional de
Cumbica, em Guarulhos
(Grande São Paulo).
A obra é uma das intervenções urbanas para São Paulo receber jogos da Copa de 2014. A
previsão é que o trajeto seja
cumprido em 20 minutos.
A pedido do Ministério Público Estadual, o empreendimento estava barrado desde julho por ordem da 1ª Vara Cível
de Guarulhos. A Promotoria
avaliara que a obra afetaria unidades de conservação ambiental e uma área de interesse histórico e arqueológico do centro
paulistano.
A decisão da Justiça em Guarulhos foi derrubada pelo desembargador Samuel Júnior,
da 1ª Câmara Especial do Meio
Ambiente do TJ-SP.
Segundo ele, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) cumpriu todas as
etapas exigidas para o licenciamento ambiental.
O edital da concessão e construção da obra será relançado
nos próximos dias com "pequenas alterações", de acordo com
o presidente da CPTM, Sérgio
Avelleda.
O processo licitatório foi suspenso após a liminar. A primeira versão do documento havia
sido lançada em 30 de maio.
Segundo ele, as alterações no
edital foram pensadas com base nas mudanças da conjuntura
econômica do país e visam melhorar a atratividade do negócio. Elas devem se fixar na forma de financiamento da obra.
O custo do empreendimento
supera R$ 2 bilhões.
Apesar do atraso provocado
pela decisão judicial, Avelleda
afirma que existem condições
para as obras começarem no
prazo anterior, isto é, junho de
2010. "Acaba tendo algum atraso porque tivemos que ficar
com a licitação paralisada nesse tempo, mas a gente acredita
que o tempo possa ser recuperado", diz.
O presidente diz que a empresa vencedora deve ser conhecida até dezembro, o que
permitirá o início das obras nos
seis meses posteriores.
A empresa que ganhar a licitação para construir e manter o
Expresso Aeroporto também
terá que entregar e administrar
o Trem de Guarulhos, que terá
o mesmo trajeto, mas com paradas em outras três estações.
A Folha não conseguiu contatar o promotor do caso, Ricardo Manuel Castro. A reportagem deixou recado na caixa
postal do celular fornecido pela
assessoria de imprensa do Ministério Público, mas não recebeu resposta.
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