São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2011

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Terreno do Itaim Bibi terá parque aberto à população

Prefeitura apresenta projeto para área que Kassab quer trocar por creches

Estudo prevê zona verde de 10 mil m˛, 4 torres residenciais e um prédio para abrigar equipamentos públicos

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

O terreno do Itaim Bibi, bairro nobre da zona oeste de São Paulo, que o prefeito Gilberto Kassab (PSD) pretende trocar por creches na periferia ganhará quatro prédios com 25 apartamentos de alto luxo cada e um parque aberto ao público com cerca de 10 mil m˛ de área verde.
Todos os equipamentos públicos que existem hoje no quarteirão -duas escolas, creche, duas unidades de saúde, teatro e biblioteca- serão mantidos no terreno. em um prédio com 10 mil m˛ de área construída.
Só a unidade da Apae (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais) será transferida, a pedido da instituição.
Essa é outra novidade: Kassab chegou a anunciar que teatro e biblioteca não ficariam mais na área, mas o projeto prevê a manutenção dos dois equipamentos. O teatro ficará no subsolo desse novo prédio -a biblioteca, no térreo.

REUNIÃO
A Folha teve acesso com exclusividade ao projeto, apresentado a moradores do bairro no gabinete de Kassab.
O prefeito participou da reunião, que contou ainda com diretores da construtora JHSF, empresa responsável pela elaboração do projeto.
Ela recebeu autorização da prefeitura para fazer o estudo de viabilidade econômica da operação de troca da área por creches, procedimento previsto na Lei de Licitações.
Biblioteca e teatro serão demolidos para o início da construção do chamado "edifício institucional".
Quando esse prédio estiver pronto, biblioteca e teatro voltam a funcionar e as duas escolas, a creche e as duas unidades de saúde serão transferidas para lá.
Somente a partir disso é que começariam as obras dos quatro edifícios residenciais.
Todos os equipamentos terão, no novo prédio, área maior do que a que ocupam atualmente. Eles também terão entradas independentes.

DESASTRE
"Ficou ainda pior do que eu esperava. Está péssimo, um desastre", afirmou Jorge Rubies, presidente da Associação Preserva SP, que luta contra a venda do quarteirão.
Para ele, o projeto "vai tornar o trânsito da região um inferno". "Vai devastar completamente o quarteirão."
A Folha apurou que os envolvidos no projeto disseram na reunião que a opção de fazer apenas prédios residenciais teve o objetivo justamente de evitar um impacto muito grande no trânsito da área.
Edifícios comerciais são considerados polos geradores de tráfego. Prédios de apartamentos em geral têm movimento menor, concentrado em horários de pico.

FOLHA.com
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