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Roseli Tardelli
Jornalista quer "mutirão de solidariedade"
DA REPORTAGEM LOCAL
A jornalista Roseli Tardelli, 39,
faz campanha distribuindo camisinhas. Pelas suas contas, já entregou cerca de 30 mil. A camisinha,
aliás, é o símbolo de sua luta contra a Aids. Essa batalha começou
em sua casa, quando seu irmão,
Sérgio, morreu, em 1994, vítima
da doença.
Na ocasião, Roseli encampou
uma luta contra o plano de saúde
do irmão, que se recusava a pagar
o tratamento. Ela acabou conquistando o direito na Justiça e,
por causa disso, resolveu se dedicar a essa causa.
Em 1995, fundou a Associação
Parceiros da Vida, uma ONG (organização não-governamental)
cujo objetivo é auxiliar entidades
que cuidam dos soropositivos.
Roseli afirmou que, se eleita,
pretende lutar para que as votações na Câmara sejam transparentes. "É preciso criar comissões
suprapartidárias para trabalhar
em problemas básicos da cidade",
afirmou.
Para ela, "os vereadores que têm
compromisso com a cidade têm
de discutir educação, saúde, habitação e cidadania, independentemente do partido".
Roseli também defende a transparência no trato com a coisa pública. "Os vereadores acabam trabalhando em benefício de grupos
ou benefício próprio." Se for eleita, ela disse que quer trabalhar
"em benefício dos excluídos da cidade, que são os pobres, negros,
gays, nordestinos e deficientes".
A candidata também afirma
que "há assessores em número
exagerado". De acordo com Roseli, "o dinheiro que é do povo tem
de voltar para o povo". "Tenho a
intenção de, caso seja eleita,
apoiar o trabalho do terceiro setor. Vamos fazer um mutirão de
solidariedade para tirar as crianças da rua."
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