São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2000
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PANORÂMICA RIO Para Crea, vazamento de óleo em baía também teve falha de órgãos fiscalizadores Relatório do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio) sobre o vazamento de óleo da Petrobras na baía de Guanabara em janeiro aponta outros culpados, além da própria empresa. Órgãos fiscalizadores também teriam falhado em inspeções, monitoramento e aplicação da lei de proteção ao ambiente. Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ANP (Agência Nacional do Petróleo) também participaram da sucessão de erros que culminou no rompimento do duto e no lançamento de 1,3 milhão de toneladas de óleo na baía. "As causas são generalizadas e não podem ser imputadas a uma pessoa apenas", disse o presidente do Crea-RJ, José Chacon de Assis. No relatório, o conselho pede à direção da Petrobras que reconsidere a suspensão aplicada ao funcionário da DTSE (Dutos e Terminais do Sudeste) responsável pela checagem do duto. "Ele trabalhava em condições precárias", afirmou Assis. Diretores e o ex-presidente da Petrobras Joel Mendes Rennó serão julgados eticamente pelo Crea. Cópias do relatório seriam enviadas aos envolvidos e ao Congresso, "para que apure as responsabilidades quanto ao elevado número de acidentes da Petrobras nos últimos anos". O superintendente do Ibama no Rio, Carlos Henrique Abreu Mendes, disse caber às autoridades estaduais fiscalizar a operação dos dutos na baía, apesar de a multa à empresa (R$ 50 milhões) ter sido federal. "O Ibama fiscaliza plataformas e dutos interestaduais", disse. Petrobras e Feema informaram, através da assessoria, que não se pronunciariam porque estavam analisando o relatório. A ANP não quis comentar o assunto. (DA SUCURSAL DO RIO) Texto Anterior: Transporte: SP deixa de atender 2.000 deficientes Próximo Texto: Incêndio no Pantanal mato-grossense mata animais e destrói parte da vegetação Índice |
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