São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 2005

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SEGURANÇA

Dos 54 parlamentares, 33 aderiram à campanha

Deputados do Paraná criam frente parlamentar pró-venda de armas

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A maioria dos 54 deputados estaduais do Paraná é contra a proibição do comércio de armas no país. E, para marcar posição em favor do ""não" no referendo de 23 de outubro, cuja campanha na TV começa no próximo sábado, eles criaram a ""Frente Parlamentar Pelo Direito à Legítima Defesa".
O requerimento de criação da frente começou com 32 assinaturas e ontem ganhou a 33ª, de Natálio Stica (PT). A bancada contra o ""sim" no referendo é dominada por deputados donos de terras ou que têm base eleitoral no campo.
""[A proibição da venda de armas] é uma bobeira. Enquanto este país não tiver uma política de segurança séria não se pode falar em desarmar a população", disse o deputado, que é petroleiro.
Além de pertencer ao partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva -cujo governo faz campanha pelo desarmamento-, Stica foi líder do governador Roberto Requião (PMDB) na Assembléia.
O Paraná foi o primeiro Estado a lançar a campanha de incentivo ao desarmamento no país em troca de um prêmio em dinheiro, copiada depois pelo governo Lula.
A lei estadual do desarmamento, mediante indenização de R$ 100, nasceu na Assembléia paranaense. A lei surgiu de uma proposta do deputado estadual Ratinho Júnior (PPS), em 2003.
O bloco contra a venda de armas, liderado por Ratinho Júnior, contava até ontem com apenas sete parlamentares, mas ele acredita que possa chegar a 20. Há ainda 14 que não se posicionaram.
"Somos minoria, não há dúvida, mas não é o que a gente sente da população", disse o deputado.


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