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SEGURANÇA
Dos 54 parlamentares, 33 aderiram à campanha
Deputados do Paraná criam frente parlamentar pró-venda de armas
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A maioria dos 54 deputados estaduais do Paraná é contra a proibição do comércio de armas no
país. E, para marcar posição em
favor do ""não" no referendo de 23
de outubro, cuja campanha na TV
começa no próximo sábado, eles
criaram a ""Frente Parlamentar
Pelo Direito à Legítima Defesa".
O requerimento de criação da
frente começou com 32 assinaturas e ontem ganhou a 33ª, de Natálio Stica (PT). A bancada contra
o ""sim" no referendo é dominada
por deputados donos de terras ou
que têm base eleitoral no campo.
""[A proibição da venda de armas] é uma bobeira. Enquanto
este país não tiver uma política de
segurança séria não se pode falar
em desarmar a população", disse
o deputado, que é petroleiro.
Além de pertencer ao partido
do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva -cujo governo faz campanha pelo desarmamento-, Stica
foi líder do governador Roberto
Requião (PMDB) na Assembléia.
O Paraná foi o primeiro Estado
a lançar a campanha de incentivo
ao desarmamento no país em troca de um prêmio em dinheiro, copiada depois pelo governo Lula.
A lei estadual do desarmamento, mediante indenização de R$
100, nasceu na Assembléia paranaense. A lei surgiu de uma proposta do deputado estadual Ratinho Júnior (PPS), em 2003.
O bloco contra a venda de armas, liderado por Ratinho Júnior,
contava até ontem com apenas sete parlamentares, mas ele acredita
que possa chegar a 20. Há ainda 14
que não se posicionaram.
"Somos minoria, não há dúvida, mas não é o que a gente sente
da população", disse o deputado.
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