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ROGET DELATTRE (1917-2010)
Paranaense pioneiro na aviação
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Campo Mourão, no Paraná, era apenas um aglomerado de poucas casas sem eletricidade quando Roget Delattre chegou para viver na cidade, no fim dos anos 40.
Natural de Curitiba, ele já
havia tentado a vida em outras regiões do Estado.
Em Palmeira, casou-se e
teve filhos. Depois, passou
por Guarapuava. Mas foi em
Campo Mourão que ele e a
mulher, Dúlcia, foram pioneiros em diferentes áreas.
No começo, Roget -que
era filho de pai francês e mãe
italiana- trabalhou em cartório. Ia a cavalo fazer casamentos nas zonas rurais.
Depois, foi representante
da empresa Boa Táxi Aéreo.
Na época, o transporte aéreo
na região estava começando.
Por iniciativa sua, uma nova
pista de pouso foi construída, com a mão de obra dos
presos da cidade e o apoio do
secretário de Transportes.
Primeiro agente aéreo do
município, Roget foi também
por longos anos gerente da
Real Transportes Aéreos,
uma das maiores empresas
de aviação daquele período.
Nos anos 60, a Real foi incorporada pela Varig. Roget
mudou-se para Curitiba com
Dúlcia, professora que fundou escolas em Campo Mourão e que foi a primeira mulher vereadora da cidade.
Na capital paranaense, ele
foi trabalhar com comércio.
Em 1997, ficou viúvo, e,
durante todo aquele ano,
chorou a perda da mulher
com quem viveu por 54 anos.
Brincalhão e comunicativo, tinha o hábito de todas as
manhãs atender as ligações
da filha, Dulcinéia, com a frase: "Estou vivo!". Na sexta,
morreu aos 93, de falência de
órgãos. Teve três filhos, oito
netos e seis bisnetos.
coluna.obituario@uol.com.br
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