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ADMINISTRAÇÃO
Segundo a prefeitura, valor teve de ser corrigido por causa de preço de terrenos e adaptações no projeto
Ampliação de "escolões" elevou custos
DA REPORTAGEM LOCAL
O aumento no custo dos escolões, segundo a prefeitura, se deve
a uma série de fatores, como localização, tamanho e qualidade dos
terrenos onde serão construídos.
A variação dos terrenos, segundo
a SSO (Secretaria de Serviços e
Obras) é de 10.700 m2 a 68.700 m2.
Além disso, a prefeitura afirma
que o projeto passou por diversas
modificações, entre elas o aumento da área construída das escolas,
de 10.000 m2 para 13.121 m2. O tamanho de bibliotecas, pátios e
piscinas e a criação de um ginásio
coberto em vez de uma quadra
descoberta também teriam influenciado no aumento.
As mudanças e readequações,
segundo a SSO, foram em sua
maioria resultado de solicitações
de outras secretarias que desenvolveram um planejamento com
a pasta da Educação.
Sobre o valor de R$ 8 milhões
para o custo médio de cada unidade, anunciado no ano passado,
a prefeitura afirma que se tratava
de uma previsão para o processo
de pré-qualificação das empresas
que participariam da licitação e
que estava desatualizado, uma vez
que teria sido calculado com base
na tabela de dezembro de 2001.
A verba disponível no Orçamento de 2003 para reformas,
ampliações e construções de escolas municipais terá uma redução
de 42% em relação à deste ano.
Segundo levantamento da assessoria do vereador Roberto Tripoli
(PSDB), os recursos para construir e reformar creches, por
exemplo, cairão de R$ 41,8 milhões para R$ 26,7 milhões.
A explicação, segundo a Secretaria da Educação, é a redução do
plano de obras de 2003 por conta
das construções iniciadas em
2002. "Neste ano, vamos começar
a construir 117 escolas. Com isso,
cerca de 60 obras ficam para o
próximo ano. Se diminui a quantidade de obras, diminui o valor
no Orçamento", afirma a chefe de
gabinete Maria Aparecida Perez.
Segundo Perez, a necessidade
de obras vai diminuindo à medida que a demanda vai sendo atingida. "Não se pode achar que todo
ano a gente tenha de fazer cem
prédios escolares novos", disse.
A expectativa da secretaria é
que, até junho, a demanda por escolas para alunos de quatro a seis
anos seja atendida. O déficit é de
26 mil vagas para essa faixa etária.
Das 117 escolas previstas para
este ano, só 52 serão entregues. A
secretaria informou que, por conta de problemas na desapropriação de terrenos, nem todas as
obras puderam ser começadas.
Neste mês, a prefeitura transferiu R$ 22,6 milhões da verba destinada à construção e reforma de
escolas para a compra de material
escolar e uniformes.
(MELISSA DINIZ)
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