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Dez parlamentares podem ser indiciados por CPI do Narcotráfico
VALÉRIA DE OLIVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pelo menos dez parlamentares,
entre deputados estaduais e federais, devem estar entre os mais de
200 indiciados pela CPI do Narcotráfico, instalada na Câmara.
A lista inclui também desembargadores, juízes e prefeitos dos
17 Estados investigados em mais
de um ano pela comissão.
Os nomes dos indiciados ainda
não foram divulgados pelo relator
da CPI, Moroni Torgan (PFL-CE).
Um dos deputados federais é José Aleksandro (PSL-AC), que
ocupa a vaga do deputado cassado Hildebrando Pascoal.
Moroni disse que o plenário da
comissão decidirá por quais crimes Aleksandro será indiciado
até a próxima quinta-feira, quando o relatório final será votado.
Outro deputado que deve ser indiciado é Augusto Farias (PPB-AL). O relator não quis confirmar,
entretanto, quais acusações podem pesar sobre o alagoano. Entre as possibilidades estão o tráfico de drogas e a sonegação fiscal.
Farias e Aleksandro foram ouvidos pela CPI e negaram envolvimento com o narcotráfico e o crime organizado.
Moroni disse que os indiciamentos serão passados para as
Corregedorias da Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas, que podem abrir processos
de cassação dos parlamentares.
Moroni lamentou que nem todos os dados resultantes de quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônico de cerca de 400 pessoas
tenham sido analisados.
Segundo o deputado, o número
de indiciados poderia ser o dobro
se todos os cruzamentos de dados
tivessem sido feitos pelos 30 digitadores que trabalham para a comissão, mas faltou tempo. Os sigilos serão repassados ao Ministério Público.
Moroni disse que não conseguiu investigar todo o crime organizado e o narcotráfico no país.
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