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Sean voltou aos EUA por vontade própria, diz pai americano
Em entrevista à TV, David Goldman diz esperar que o filho não tenha pesadelos depois da entrega tumultuada no Rio
Para ele, confusão na porta
do consulado foi retaliação
da família materna, que
havia perdido a custódia do
garoto em disputa na Justiça
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
O menino Sean mudou-se
para os EUA por vontade própria. Quem diz isso é o pai, David Goldman, segundo trechos
da entrevista que ele deu com
exclusividade à NBC, a primeira desde a reunião dos dois.
Parte da conversa vai ao ar hoje
no programa de variedades
"Today", às 7h locais (10h de
Brasília), e parte no "Dateline"
de 8 de janeiro, em especial de
duas horas sobre o caso.
"Ele veio por conta própria",
disse o norte-americano à
apresentadora Meredith Vieira. "E ele está aqui agora, com
seus primos. Eles estão se divertindo." A emissora não revela onde foi feita a entrevista,
provavelmente a pedido do pai,
mas especula-se que os dois
passaram o Natal em Orlando,
na Flórida, e só embarquem
nesta semana para a casa dos
Goldman em Tinton Falls, no
Estado de Nova Jersey.
Mais adiante, David reforça o
ponto de que o garoto não foi
forçado a nada, embora a passagem de custódia da família materna para o pai tenha sido resultado de uma decisão do presidente do Supremo Tribunal
Federal, na quinta, depois de
longa disputa judicial. "Sean
nunca disse: "Eu não quero ir
com você, eu não quero ficar
com você". Ele não resistiu nada", afirma David. "Ao mesmo
tempo, estava sofrendo muito.
O que viveu é incomensurável",
afirmou o pai.
O americano voltou a criticar
as circunstâncias da entrega do
menino no Consulado dos EUA
no Rio, ocorrida na manhã do
dia 24 último. Em meio a tumulto por conta do assédio da
imprensa. David Goldman
acredita que a entrega tenha sido feita em público como retaliação, o que a família materna
nega. "Espero que ele não tenha pesadelos pelo resto da vida por causa daquele dia", disse
David Goldman.
"Nunca vou entendê-los [os
familiares brasileiros]", diz ele
à jornalista, segundo trechos
divulgados ontem. "Não acredito que alguém com uma lógica
racional e amor verdadeiro
possa compreender aquele espetáculo que eles criaram lá."
Ao mesmo tempo, ele elogia a
ausência de violência no episódio do Consulado do Rio.
Ontem, em entrevista ao
"Fantástico", da Rede Globo, o
padrasto João Paulo Lins e Silva disse nunca ter negado acesso do pai biológico à criança e
que espera poder rever o enteado nos EUA, o que disse ter certeza de que será "dificultado".
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