DA AGÊNCIA FOLHA

As chuvas na região Nordeste provocaram ontem mais prejuízos e mortes. Um açude rompeu-se de madrugada no município cearense de Arneiroz (a 460 km de Fortaleza), localizado na região mais seca do Estado, obrigando 3.146 pessoas a deixar suas casas. Não houve feridos. No Ceará, já chega a 21 mil o total de pessoas atingidas por enchentes.
De acordo com a Defesa Civil, oito pessoas morreram -o órgão não inclui dez casos de mortes em decorrência de quedas de árvores e casas e por choques elétricos.
Em Pernambuco, quatro pessoas morreram, elevando para 18 o número de mortes decorrentes da chuva no Estado. O número de desabrigados subiu de 2.600 para cerca de 4.000.
O governo pernambucano calcula em R$ 30 milhões o valor dos prejuízos provocado pelas enchentes. O balanço será encaminhado hoje ao Ministério da Integração Nacional.

Calamidade
Os municípios piauienses de Picos e Itainópolis (na região do sertão) estavam ontem em situação de calamidade pública por conta da cheia. Os problemas mais graves são o rompimento de açudes e a interdição das estradas.
Em Itainópolis (a 345 km de Teresina), o prefeito José Maia Filho (PFL) quer transferir os bairros ribeirinhos, que abrigam 1.500 pessoas, para uma área mais alta, não atingida pelas cheias do rio Itaim.
Em Teresina, 180 pessoas estavam desabrigadas ontem por causa das chuvas. Algumas ruas na zona norte ficaram alagadas. O rio Poti, que cruza a cidade, estava com o nível acima do normal.
Seis pessoas morreram em Alagoas e outras 2.000 estavam desabrigadas em 13 municípios. A Defesa Civil estima que sejam necessários R$ 7 milhões para a recuperação dos estragos causados pelas chuvas no Estado.
Cerca de 50 caminhões estão parados há seis dias em Remanso (BA) em consequência das fortes chuvas que causaram o desmoronamento de barreiras e pontes. Apenas carros pequenos estão tendo acesso à cidade baiana pela BR-235, através de Petrolina (PE).


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