DA REPORTAGEM LOCAL

A grande maioria dos fiéis da Nova Esperança, no centro de São Paulo, é formada por homens. Homens que levam seus namorados e não têm problemas em assumir sua homossexualidade dentro da igreja.
Excluídos dos templos tradicionais, gays encontraram alento nas palavras do pastor Justino e do presidente, Wladimir Freire, que fundou a instituição religiosa em 2004. Ambos também são homossexuais assumidos.
"Sou neto e filho de pastor, mas nunca me senti à vontade na igreja", conta Freire. "Até que fui estudar a Bíblia e vi que não há nada escrito ali que mostre que ser homossexual é pecado. Resolvi, então, abrir a igreja e, a cada culto, chega mais gente interessada. Hoje, são cerca de 150 fiéis."
Pioneira, a Nova Esperança já celebrou dois casamentos entre pessoas do mesmo sexo e realiza também noivados.
O culto no templo é semelhante ao de uma igreja pentecostal -movimento religioso que se desenvolveu a partir do início do século 20, partindo do protestantismo nos Estados Unidos. "Mas aqui não tem pregação dizendo que homossexual vai para o inferno. É claro que não aceitamos prostituição, promiscuidade nem adultério, mas acolhemos qualquer ser humano que queira ouvir a palavra de Deus." (DT)


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