São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para ser viabilizado, plano depende de parcerias

DA REDAÇÃO

A burocracia separa o plano do governo paulista, de colocar o Trem de Anchieta em funcionamento, da concretização efetiva.
De acordo com Fábio dos Santos Barbosa, coordenador de turismo ferroviário da Secretaria Estadual do Turismo, duas reuniões ocorrerão em fevereiro para acertar parcerias para o projeto.
O primeiro encontro será marcado entre representantes da Secretaria de Turismo, do Ministério dos Transportes e da RFFSA para discutir a cessão dos trens que rodarão entre Praia Grande e Peruíbe e a autorização para uso das estações. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, os trens não podem ser vendidos por ordem do liqüidante -a rede está em liqüidação.
O passo seguinte é uma reunião com a Brasil Ferrovias para tratar da recuperação dos trilhos e da autorização para explorar de modo turístico o trecho do Trem de Anchieta. A Brasil Ferrovias, detentora da concessão no local, informou, por meio da assessoria de imprensa, que tem interesse na exploração turística, mas não pode fazer a operação. A ANTT, que regula o setor de transportes terrestres, autoriza a empresa apenas a fazer o transporte de cargas.
Caso consiga o aval das empresas, a Secretaria do Turismo delegará a uma entidade de preservação ferroviária a gestão do trem turístico e sua manutenção.
Ao mesmo tempo em que articula a criação do trecho turístico com as empresas ferroviárias e com o governo federal, a Secretaria do Turismo está negociando com as prefeituras a participação delas no projeto. Pelo que prevê o Estado, as prefeituras reformarão as estações e promoverão atividades nas paradas do trem.
Segundo o secretário do Turismo de Praia Grande, José Alonso Júnior, as prefeituras podem participar do projeto, sobretudo na reforma das estações. A expectativa dele é que o trem atraia turistas interessados nos "Caminhos de Anchieta", cujo marco zero está na cidade. "Vai agregar valor", diz Alonso Júnior, que participa das discussões para implantação do trem. A cidade, de 232 mil habitantes, chega a atrair 1,5 milhão de turistas na alta temporada.
Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Peruíbe informou que desconhece o projeto. Em entrevista gravada à Folha, o secretário de Estado do Turismo afirmou que o projeto do Trem de Anchieta estava em discussão com os prefeitos de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. Sobre Peruíbe, a secretaria informou que a discussão ocorreu diretamente com o prefeito, José Roberto Preto (PTB).


Texto Anterior: Trilhos na serra: SP prevê trem turístico entre litoral e capital
Próximo Texto: Educação solidária: Escola cria rito de passagem para estudantes que mudam de série
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.