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Agentes paralisam 5 presídios contra morte de diretor
Visitas, banho de sol e entrada de alimentos foram suspensos em unidades de Mauá, Presidente Venceslau e Ribeirão Preto
Nenhum dos suspeitos
de matar Wellington Segura
foi preso; além de colega de
vítima, outra testemunha
viu os criminosos atirarem
DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Agentes penitenciários fizeram ontem paralisação em pelo
menos cinco unidades, em três
cidades paulistas, em protesto
contra o assassinato do diretor-geral do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá,
Wellington Rodrigo Segura, 31,
ocorrido na última sexta.
Os funcionários suspenderam visitas e o banho de sol dos
presos e não aceitaram a entrada de alimentos trazidos por
parentes. Somente os serviços
essenciais foram mantidos.
Segura foi assassinado, com
mais de dez tiros, em uma emboscada. Uma das hipóteses investigadas pela polícia é a de
que o diretor, que era constantemente ameaçado, foi morto
por uma ordem do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo), o
protesto atingiu o CDP de
Mauá (Grande SP), o CDP e a
Penitenciária 1 de Ribeirão
Preto e as penitenciárias 1 e 2
de Presidente Venceslau.
A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou o
protesto em três unidades:
CDP de Ribeirão Preto, Penitenciária 2 de Presidente Venceslau e CDP de Mauá.
"Os funcionários decidiram
entre eles realizar os protestos.
O sindicato apóia", afirmou
Luiz da Silva Filho, diretor do
Sifuspesp. Segundo João Rinaldo Machado, presidente do sindicato, a situação está mais tensa na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, unidade que
abriga parte da cúpula do PCC.
Nenhum dos dois criminosos
que atiraram no diretor do CDP
foi preso. Segundo a Secretaria
da Segurança Pública, a polícia
está investigando dois suspeitos, mas ainda não conseguiu
confirmar a identificação.
Além de Marilene da Silva Lima, que estava com Segura-
ela foi ferida, mas não corre risco de morte- a polícia tem outra testemunha. Um homem,
que presenciou o crime, está
ajudando a polícia a identificar
o suspeito que não usava capuz.
A polícia somente informa que
ele era loiro e usava bigode.
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