São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

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Agentes paralisam 5 presídios contra morte de diretor

Visitas, banho de sol e entrada de alimentos foram suspensos em unidades de Mauá, Presidente Venceslau e Ribeirão Preto

Nenhum dos suspeitos de matar Wellington Segura foi preso; além de colega de vítima, outra testemunha viu os criminosos atirarem

DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Agentes penitenciários fizeram ontem paralisação em pelo menos cinco unidades, em três cidades paulistas, em protesto contra o assassinato do diretor-geral do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá, Wellington Rodrigo Segura, 31, ocorrido na última sexta.
Os funcionários suspenderam visitas e o banho de sol dos presos e não aceitaram a entrada de alimentos trazidos por parentes. Somente os serviços essenciais foram mantidos.
Segura foi assassinado, com mais de dez tiros, em uma emboscada. Uma das hipóteses investigadas pela polícia é a de que o diretor, que era constantemente ameaçado, foi morto por uma ordem do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo), o protesto atingiu o CDP de Mauá (Grande SP), o CDP e a Penitenciária 1 de Ribeirão Preto e as penitenciárias 1 e 2 de Presidente Venceslau.
A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou o protesto em três unidades: CDP de Ribeirão Preto, Penitenciária 2 de Presidente Venceslau e CDP de Mauá.
"Os funcionários decidiram entre eles realizar os protestos. O sindicato apóia", afirmou Luiz da Silva Filho, diretor do Sifuspesp. Segundo João Rinaldo Machado, presidente do sindicato, a situação está mais tensa na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, unidade que abriga parte da cúpula do PCC.
Nenhum dos dois criminosos que atiraram no diretor do CDP foi preso. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a polícia está investigando dois suspeitos, mas ainda não conseguiu confirmar a identificação.
Além de Marilene da Silva Lima, que estava com Segura- ela foi ferida, mas não corre risco de morte- a polícia tem outra testemunha. Um homem, que presenciou o crime, está ajudando a polícia a identificar o suspeito que não usava capuz. A polícia somente informa que ele era loiro e usava bigode.


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