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Homem é preso em Cumbica ao se passar por filho diplomata
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
Um brasileiro com passaporte diplomático foi preso na manhã de anteontem no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos,
ao tentar entrar no país com
40 kg de equipamentos eletrônicos. Apresentando-se como
se fosse o próprio filho, que é
funcionário do corpo diplomático, ele afirmou que a aparelhagem pertencia à embaixada
para a qual servia no exterior.
O passageiro -cujo nome
não foi divulgado- havia desembarcado num voo vindo de
Miami (EUA).
A assessoria do Ministério
das Relações Exteriores chamou de "incidente particular" e
disse que não era atribuição da
pasta comentar o caso. A lei
permite a emissão de passaportes diplomáticos para parentes
de diplomatas e determinados
congressistas.
Os equipamentos eletrônicos
foram avaliados em US$ 66 mil
-cerca de R$ 137 mil. De acordo com a Receita Federal, não é
ilegal entrar com aparelhos
desse valor no País -desde que
o passageiro os declare.
No caso do "diplomata", ele
entrou na fila de "nada a declarar", foi selecionado para a inspeção e tentou mudar de ideia,
mas era tarde. "O crime não é
trazer do exterior mercadoria
de valor acima dos US$ 500
permitidos, e, sim, o descaminho", afirma a Receita.
Ao optar pela fila do "nada a
declarar", o passageiro fez uma
escolha definitiva e perdeu a
possibilidade de voltar atrás.
"Ali já se dá o início da ação fiscal", explica a assessoria.
Mesmo que fosse diplomata,
ele não teria, segundo a Receita, direito a isenção tributária.
O homem responderá por falsa
identidade, descaminho e falsidade ideológica -tentar se passar por outra pessoa. As mercadorias foram apreendidas.
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