|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Resgate de brasileiros deve ser concluído hoje
Ontem, 170 turistas foram resgatados em Águas Calientes, cidade próxima a Machu Picchu (Peru); ainda faltam cerca de cem
O governo peruano espera retirar todos os turistas da região (cerca de 1.200) nos próximos dois dias se o tempo se mantiver estável
JOHANNA NUBLAT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL
O número de brasileiros resgatados ontem de Águas Calientes, no Peru, passou de 170.
Cerca de 100 outros turistas
brasileiros ainda esperam por
um resgate hoje, segundo o vice-cônsul brasileiro na cidade,
João Gilberto.
O total de brasileiros cercados na cidade era de 278 ontem,
antes do reinício do resgate pelo governo peruano. Outros 30
haviam deixado a região nos
dias anteriores.
Situado na base das montanhas de Machu Picchu, o povoado de Águas Calientes ficou
isolado depois que a única estrada de acesso foi parcialmente destruída por causa dos deslizamentos de terra provocados
pela forte chuva.
Uma estimativa anteontem
apontava a presença de até 180
brasileiros no local. O número
aumentou após a chegada dos
que faziam a trilha Inca (entre
Cusco e Águas Calientes).
O governo peruano espera
retirar todos os turistas da região (cerca de 1.200) nos próximos dois dias se o tempo se
mantiver estável como ontem,
de acordo com Robert Hutchins, adido de turismo da Embaixada do Peru em Brasília.
A embaixada brasileira espera que o resgate seja encerrado
hoje. Mas a maior parte dos
brasileiros terá de esperar até
os últimos embarques, pois são
jovens entre 18 e 25 anos, e o
embarque prioritário é de
doentes, idosos e crianças.
É o caso do estudante Diego
Gutierrez, 19, que chegou de
Machu Picchu a Águas Calientes ontem para tentar, sem sucesso, vaga em um helicóptero.
De acordo com ele, a situação
na cidade está controlada. O governo peruano tem distribuído
comida, e a embaixada brasileira está dando o equivalente a
US$ 7 para cada turista.
"As pessoas estão se ajudando, os hotéis e restaurantes têm
dado desconto para os turistas.
Eu, por exemplo, não estou pagando estadia", conta.
Ontem, quando os voos foram encerrados, às 16h locais,
não havia nenhum brasileiro
com mais de 30 anos, segundo a
Embaixada do Brasil no Peru.
A situação agora é mais tranquila. Depois de dormirem noites ao relento, cerca de 70 brasileiros foram alojados pelo governo em pousadas e albergues.
Há outros em vagões de trem.
"Nenhum brasileiro passou a
noite ao relento [anteontem].
As pessoas estão comendo,
muitas comendo chocolate",
disse o diplomata Helio Franchini Neto, de Lima.
Não há registro de brasileiros
doentes, mas há informação de
que algumas pessoas passaram
mal, com diarreias e viroses.
O país tentou negociar o envio de helicópteros brasileiros,
mas não obteve autorização do
governo do Peru. Ainda não está descartado mandar um avião
da FAB para buscar os brasileiros que já estão em Cusco.
Texto Anterior: Inep libera resultado do Enem; 58% vão mal em matemática Próximo Texto: Mortes Índice
|