|
Texto Anterior | Índice
Agostinho Patrús, passos do "padrinho"
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A dedicação de Agostinho
Patrús à política era dividida
com os cavalos do tipo mangalarga marchador, que criava em sua fazenda -"sempre
com três patas no chão", são
animais de passo firme, que
sabem onde pisam. Portanto,
ideais para "o padrinho".
Filho de um caixeiro-viajante de origem libanesa radicado no Brasil, Patrús nasceu em Belo Horizonte. Tinha 15 irmãos, dos quais apenas o mais velho também seguiu a política. Deputado estadual duas vezes, o irmão faleceu no dia da eleição para a
Câmara -já virtual eleito.
Médico, Patrús foi presidente da Associação Médica
do Estado e secretário adjunto de Saúde, em 1981, no governo Francelino Pereira
(PDS). Pelo partido, elegeu-se deputado estadual em
1982, e mais cinco vezes, pelo
PSDB, PTB e PFL/DEM.
"Político com características típicas mineiras", era tido como "o padrinho", diz o
filho. Na Assembléia, esteve
à frente do "blocão" de apoio
ao governador Hélio Garcia.
Depois, foi eleito presidente
da casa, em 1995, com 75 dos
77 votos. Era "o conciliador".
No Executivo, Patrús foi
secretário da Casa Civil de
Eduardo Azeredo e secretário de Transportes e Obras
Públicas no primeiro mandato de Aécio Neves. No ano
passado, assumiu a vice-presidência da Cemig.
Internado em São Paulo
para tratar um câncer, morreu no domingo, de falência
múltipla de órgãos, aos 68.
Casado, tinha três filhos
-um deles o também parlamentar Agostinho Patrús Filho, deputado pelo PV.
obituario@folhasp.com.br
Texto Anterior: Mortes Índice
|