São Paulo, sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

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Agostinho Patrús, passos do "padrinho"

WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A dedicação de Agostinho Patrús à política era dividida com os cavalos do tipo mangalarga marchador, que criava em sua fazenda -"sempre com três patas no chão", são animais de passo firme, que sabem onde pisam. Portanto, ideais para "o padrinho".
Filho de um caixeiro-viajante de origem libanesa radicado no Brasil, Patrús nasceu em Belo Horizonte. Tinha 15 irmãos, dos quais apenas o mais velho também seguiu a política. Deputado estadual duas vezes, o irmão faleceu no dia da eleição para a Câmara -já virtual eleito.
Médico, Patrús foi presidente da Associação Médica do Estado e secretário adjunto de Saúde, em 1981, no governo Francelino Pereira (PDS). Pelo partido, elegeu-se deputado estadual em 1982, e mais cinco vezes, pelo PSDB, PTB e PFL/DEM.
"Político com características típicas mineiras", era tido como "o padrinho", diz o filho. Na Assembléia, esteve à frente do "blocão" de apoio ao governador Hélio Garcia. Depois, foi eleito presidente da casa, em 1995, com 75 dos 77 votos. Era "o conciliador".
No Executivo, Patrús foi secretário da Casa Civil de Eduardo Azeredo e secretário de Transportes e Obras Públicas no primeiro mandato de Aécio Neves. No ano passado, assumiu a vice-presidência da Cemig.
Internado em São Paulo para tratar um câncer, morreu no domingo, de falência múltipla de órgãos, aos 68. Casado, tinha três filhos -um deles o também parlamentar Agostinho Patrús Filho, deputado pelo PV.


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