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Bactéria resiste a antibióticos
da Reportagem Local
Infectologistas ouvidos pela Folha disseram que, injetada no sangue de um doente, a bactéria Enterobacter cloacae causa uma infecção generalizada (septicemia) difícil de ser debelada.
Por ser muito resistente a antibióticos, a bactéria causa uma infecção que toma conta do organismo e provoca a chamada falência
múltipla dos órgãos.
Ou seja, vários órgãos, como
rins, pulmões e coração, param de
funcionar e o paciente morre.
Presente no intestino das pessoas, onde é inofensiva, a Enterobacter sobrevive bem fora de seu
meio natural. Por ser eliminada
com as fezes, ela acaba contaminando as pessoas em situações de
falta de higiene.
Portanto, onde existem pessoas
há a bactéria e o risco de contágio.
Os hospitais não são uma exceção.
``A bactéria pode estar presente na
mão de um funcionário ou num
utensílio'', afirmou Sônia Geraldes, infectologista do Hospital das
Clínicas de São Paulo.
``Mas basta manter procedimentos básicos de higiene, como
lavar bem as mãos, para que não
haja contaminação'', diz o infectologista Jamal Suleiman, do Hospital Emílio Ribas de São Paulo.
A Enterobacter e outras duas
bactérias foram responsáveis pela
morte de 20 dos 34 recém-nascidos que morreram ano passado no
Hospital Materno-Infantil Nossa
Senhora de Nazaré, em Boa Vista(RR). Na época, o então ministro
da Saúde, Adib Jatene, chamou as
bactérias de ``germes da sujeira''.
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